Associação reforça pedido de afastamento de delegado envolvido em morte de PM

Em nota, a Associação de Militares Estaduais manifesta apoio à solicitação da Apra em suspender delegado investigado e contesta legítima defesa

Em apoio ao pedido de afastamento do delegado de Polícia Civil Cassiano Oyama, envolvido na morte do sargento da Polícia Militar José Maria Rodrigues de Almeida, ocorrida em abril do ano passado, a Associação dos Militares Estaduais (AME-TO) divulgou ontem, 17, uma nota de repúdio ao posicionamento do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Tocantins (Sindepol/TO).   

 

A reação da Associação é contra o argumento apresentado, também em nota, na tarde de quarta, 16, pelo Sindepol, que defende a permanência do delegado no exercício da função, ao considerar desnecessária para o bom andamento do processo a suspensão ao cargo.  

 

Ao declarar apoio à Associação dos Praças Militares do Estado do Tocantins (APRA-TO), responsável pela solicitação de suspensão, a AME justifica dizendo que “o Sindepol age com viés político em uma situação que deveria agir comedidamente, pois um pai de família foi assassinado, onde o delegado Cassiano Oyama foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por homicídio doloso, quando há intenção de matar.”

 

Na nota divulgada na quarta, o Sindepol garante que a Corregedoria concluiu que, tanto o delegado Cassiano Oyama, quanto os agentes envolvidos no caso, agiram em legítima defesa. A informação foi contestada pelo presidente da AME, Goiaci Costa. “Nos causa estranheza é saber por meio da nota do Sindepol que o inquérito policial diz que agiram em legítima defesa em um ato que o próprio Ministério Público denunciou como sendo de homicídio doloso”, aponta Costa.  “Desta forma, a AME reitera seu apoio a família do Sargento Rodrigues e ao pedido da APRA-TO em afastar o delegado e demais envolvidos, por entender que o afastamento deles é garantia de uma ação processual mais legítima e sem embaraços”, conclui.

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