Ataídes desmente Seagro e apresenta nota técnica do Ministério da Integração

Segundo o senador, quem está devendo conclusão de estudo de viabilidade ao Ministério é o governo. Ataídes diz ainda que o pedido de transformação do projeto de irrigação em bacia leiteira foi feito

Senador Ataídes Oliveira
Descrição: Senador Ataídes Oliveira Crédito: T1 Notícias

O senador Ataídes Oliveira encaminhou cópia ao T1 Notícias da nota técnica do Ministério da Integração Nacional enviada ao seu gabinete sobre o Projeto Sampaio, que está com obras paralisadas na região do Bico do Papagaio.

 

Indignado, o senador desmente informações encaminhadas em nota pela Seagro ao Portal T1 Notícias: “a verdade é que eles não sabem nem quanto foi investido na obra. Afirmam que está tudo bem, mas não está: o TCU apontou irregularidades na obra. Nós não podemos aceitar todos os recursos que foram investidos lá e admitir transformar em uma bacia leiteira”.

 

O senador lembrou que originalmente o projeto foi concebido para cultura irrigada de arroz, soja e fruticultura. Ele afirma ter conversado com o presidente do sindicato de pequenos produtores da região. “Tem mais de 10 mil famílias inscritas, interessadas no projeto”.

 

“Vejam a nota do Ministério. O governo quer sim transformar em bacia leiteira este projeto, inclusive começaram a quebrar canais de irrigação, mas pararam por determinação do Ministério. Não vamos permitir. Gasta mais de R$ 200 milhões e não quer assentar 800 famílias lá? A obra foi embargada sim”, sustenta.

 

Ministro virá ao Tocantins

O senador afirma acreditar que existam mais de R$ 14 milhões na conta do governo do Estado para ser investido neste projeto. Ele trabalha para trazer o ministro da Integração Nacional ao Estado. Vou ver se até o dia 10 consigo trazer o ministro ao Bico do Pagaio. Ele já se dispôs a vir.

 

“Do jeito que está lá, tá tudo errado. Nós vamos fazer o projeto Sampaio projeto funcionar”

 

Nota do Ministério

Na nota encaminhada ao gabinete do Senador, a equipe técnica do Ministério da Integração Nacional afirma que o projeto foi implantado “de forma descontinuada”por uma série de problemas entre 2003 e 2012. O custo total extrapola o previsto inicialmente. Só o contrato da Egesa, responsável pela parte de infra-estrutura e maquinário, supera a cifra de R$ 177 milhões, com os aditamentos.

 

A empresa interrompeu a execução da obra com 87% dos serviços concluídos e uma nova licitação deverá ser feita para conclui-las.

 

Fora as obras físicas, o governo contratou a Magna Engenharia para fazer o projeto da obra. O custo inicial do contrato foi de R$ 10.406.850,00, mas com os aditivos este valor superou a casa dos R$ 14 milhões.

 

Segundo o ministério informa, atualmente o governo do Tocantins elabora um estudo de viabilidade que justifique a continuidade das obras.

 

Veja nos anexos abaixo a íntegra do documento enviado pelo Ministério da Integração Nacional ao gabinete do Senador.

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