Bancários do Estado do Tocantins optaram por aderir à greve nacional prevista para a próxima quinta-feira, dia 19. O Sindicato da categoria (SINTEC) reuniu a classe na noite de ontem, segunda-feira, em Assembleia Geral Extraordinária, nos municípios de Araguaína e Gurupi onde foi discutido sobre a campanha salarial e votado sobre a greve.
Durante a ocasião, 93,1% dos bancários votaram a favor da greve. A categoria reivindica um reajuste salarial de 11,9%, que corresponde aos 6,9% da inflação acumulada mais 5% de produtividade. Para chegar à decisão sobre a paralisação houve votação nas cidades de Palmas, Araguaína e Gurupi, onde há mais bancários no estado, totalizando 86% a favor a adesão a greve nacional.
“Entraremos em greve para mostrar a insatisfação da categoria pela proposta apresentada pela FENABAN (Federação Nacional dos Bancos) de reajuste de 6,1%, o que representa muito pouco diante das cobranças enfrentadas pelos bancários no dia-a-dia e principalmente diante dos lucros exorbitantes dos bancos públicos e privados”, informou o presidente do Sindicato dos Bancários do Tocantins, Crispim Batista Filho.
Segundo o presidente do Sindicato, a greve representa uma maneira de conseguir uma negociação mais justa, uma proposta melhor. Para exemplificar usou a negociação dos Correios com seus empregados. “Os Correios, que é instituição do governo, teve um reajuste salarial de 8%, enquanto os bancos, sendo vários deles também públicos como a Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, que dão mais lucros ainda, teve uma proposta inferior. Isso é uma prova de que os bancários não merecem o reajuste oferecido e que precisamos é de uma negociação justa”, declarou Crispim.
A greve dos bancários é por tempo indeterminado e só será encerrada quando os banqueiros oferecerem melhores propostas e se posteriormente forem aceitas pela categoria.
As principais reivindicações da classe é por um reajuste salarial de 11,9%, salário refeição, cesta alimentação, 13º salário refeição e 13ª cesta alimentação de R$ 680,00 cada, fim da rotatividade, da terceirização, assédio moral e das metas abusivas, PLR - Participação nos Lucros ou Resultados equivalente a 15% do lucro líquido do exercício de 2013, garantindo-se, no mínimo, três remunerações brutas mais valor fixo de R$ 6.200,00 a todos os empregados.
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