Bancários fecham 111 agências no Estado; greve continua por tempo indeterminado

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) mantém o reajuste de 5,5% mais o abono de R$2.500 e até o momento, segundo os grevistas, não abriu espaço para negociações

Agências permanecem fechadas no Tocantins
Descrição: Agências permanecem fechadas no Tocantins Crédito: Ascom/Sintec-TO

Nesta quarta-feira, 14, a greve dos bancários completa nove dias e segundo informações do Sindicato dos Bancários, no Tocantins 111 agências estão fechadas. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) mantém o reajuste de 5,5% mais o abono de R$2.500 e até o momento, segundo os grevistas, não abriu espaço para negociações.

 

Na manhã desta quarta-feira, 14, membros da Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação estiveram em São Paulo, para solicitar formalmente a reabertura das negociações. O presidente do Sindicato dos Bancários, Crispim Batista Filho, esteve presente na ocasião reivindicando os direitos da categoria e ratificando aos bancos que as reivindicações podem ser atendidas, em função dos altos lucros registrados pelas instituições financeiras. A Fenaban, no entanto, recebeu o ofício e não se posicionou. Segundo o presidente, “a primeira semana de greve só reafirma o descaso dos banqueiros com os bancários. A greve continua por tempo indeterminado”.

 

Procon orienta

A Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-Tocantins) alerta que os serviços bancários, sobretudo de compensação de cheques, são considerados essenciais. Portanto, a paralisação dos bancos não pode deixar os consumidores sem opções. Diante disso, o órgão dá algumas dicas de como enfrentar a paralisação no Estado.

 

A primeira delas é que o consumidor deve buscar meios alternativos para quitar um débito. Boa parte das contas pode ser paga nos terminais de autoatendimento, casas lotéricas e débito em conta, no caso de água, luz e telefone. Se a compra tiver sido realizada em uma loja de departamento, por exemplo, pode ser paga na própria loja.

 

Além disso, o cliente pode ainda procurar o local onde efetuou a compra para saber quais possibilidades são oferecidas para quitação do débito. Caso o fornecedor não disponibilize ou dificulte outras opções e locais de pagamento, o consumidor deve documentar essa tentativa de quitação do débito junto ao Procon.

 

O consumidor não pode ser prejudicado ou responder por qualquer prejuízo por problemas decorrente da greve. A responsabilidade do banco pelos prejuízos causados aos consumidores decorre do risco de sua atividade e não pode sobre qualquer pretexto ser repassado ao consumidor.

 

(Matéria atualizada às 12h42 - Com informações da Ascom/Sintec e Ascom/Procon)

Comentários (0)