A partir desta quinta-feira, 14, a Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc), por meio da Superintendência da Juventude realiza diversas ações em aldeias indígenas do Estado, voltadas principalmente para os jovens. A programação faz parte da Caravana da Juventude, dentro do Setembro Amarelo, mês de conscientização e prevenção do suicídio.
A primeira a participar das atividades é a Aldeia Canuanã, localizada no município de Formoso do Araguaia. Na quinta, 14, serão realizadas ações de caráter psicossocial-educacional-preventivo. Com o tema Ação em Defesa da Vida dos Povos Indígenas, tendas dentro do território indígena serão instaladas e oferecerão serviços nas áreas de nutrição; saúde mental; artesanatos e pinturas; meio ambiente; cidadania e justiça; bolsa família; saúde bucal; e enfermagem (teste rápido). No período da noite, haverá sessão de cinema com pipoca.
Na sexta-feira, 15, as ações têm como foco a cultura e o esporte. Atividades infantis, sociais e esportivas serão realizadas com toda a comunidade. Haverá dança das cadeiras; bambolê; dança da laranja; carrinho de mão; corrida com ovo; e outras atividades. Na ocasião, serão distribuídos lanches para as crianças. Paralelamente a isso, outras atividades recreativas de corte de cabelo, manicure e pedicure serão oferecidas aos adultos. O encerramento das atividades ocorrerá com jogo de futebol masculino e feminino, com premiação para as equipes vencedoras.
“Com esse trabalho, estamos cumprindo uma determinação do governador Marcelo Miranda para que a Superintendência de Juventude do Estado desenvolva esse tipo de política pública para aos jovens. A nossa prioridade nesse momento é a juventude indígena, até mesmo porque isso vai de encontro com o que temos de melhor na juventude na questão da arte, da cultura, da tradição. Mas também temos problemas que são peculiares à juventude que são as DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) Aids, problema de gravidez na adolescência e suicídios. Esses problemas não são apenas da comunidade indígena, são de uma comunidade geral, mas nós, com uma ampla parceria entre o Governo do Estado e o governo federal, que envolve o Exército, o Ministério da Defesa, Ministério da Saúde e do Distrito Sanitário Indígena, estamos indo às comunidades para conversar, conhecer a realidade e poder levar informações”, destacou Ricardo Ribeirinha, superintendente estadual da Juventude.
De acordo com Ricardo Ribeirinha a ação vai percorrer três comunidades indígenas no mês de setembro e deve atingir um público estimado entre 1.000 e 1.500 jovens indígenas. “É da nossa competência e da nossa obrigação, levar política pública e efetivar ações”, concluiu.
Setembro Amarelo
O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, com o objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil, no mundo, e suas formas de prevenção. “Dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Combate ao Suicídio. Por conta disso, estamos com uma programação bem extensa para ser desenvolvida durante todo o mês. Dentro dessa programação serão realizadas ações nas aldeias indígenas de Formoso do Araguaia [dias 14 e 15]; Lagoa da Confusão [dia 21] e Sandolândia [dia 28], nas quais vamos levar atendimentos na área da saúde, prevenção, atividades culturais, esportivas e palestras educativas. O foco dessas ações é diminuir os índices de suicídio no território”, explicou a psicóloga Natália Maurício de Oliveira Carvalho, responsável técnica pelo Programa Saúde Mental do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI).
Dados recolhidos no Mapa da Violência 2014, do Ministério da Saúde, expõem que enquanto a média do Brasil é de 5,3 suicídios por 100 mil habitantes não indígenas, a incidência entre os indígenas atinge uma média de nove suicídios para cada 100 mil habitantes, podendo chegar, em alguns municípios da região Norte, a 30 suicídios por 100 mil habitantes. Um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que o suicídio entre jovens indígenas ocorre em um contexto de discriminação, marginalização, colonização traumática e perda das formas tradicionais de vida, que forjam um sentimento de isolamento social.
Parceiros
São parceiros da Seduc nessas ações os seguintes órgãos: Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), Secretaria Municipal de Assistência Social do Formoso do Araguaia, por meio do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS); Secretaria Municipal de Saúde de Formoso do Araguaia, por meio do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS); e o 22ª Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro, sediado em Palmas.
(Com informações da Seduc)
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