Carlesse não descarta redução do ICMS do combustível, desde que haja discussão

Atualmente, o ICMS sobre combustíveis responde por, em média, de 35% a 40% do total da arrecadação deste imposto no Tocantins

Crédito: Governo do Tocantins - Divulgação

O governador do Tocantins, Mauro Carlesse (DEM), afirmou nesta segunda-feira, 10, que está disposto a discutir a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos fóruns institucionais adequados e com os estudos técnicos.

 

“O ICMS está previsto na Constituição Federal como a principal receita dos estados para a manutenção de serviços essenciais à população, a exemplo de segurança, saúde e educação. O Governo defende uma discussão séria sobre a redução dos impostos dos combustíveis”, afirmou Mauro Carlesse.

 

Atualmente, o ICMS sobre combustíveis deriva da autonomia dos Estados na definição de alíquotas e responde por, em média, 35% a 40% do total da arrecadação deste imposto no Tocantins. Dessa arrecadação, 25% do ICMS é repassado aos municípios.

 

Na última quarta-feira, 5, o presidente da República, Jair Bolsonaro, acenou com a possibilidade de zerar os tributos federais Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) que incidem sobre os combustíveis caso os governadores façam o mesmo com o ICMS também aplicado ao setor.

 

De acordo com o governador Mauro Carlesse, a proposta colocada em discussão pelo presidente da República é interessante e deve ser analisada e debatida por todos os governadores do país.

 

Entenda

 

Enquanto governadores querem que o governo reveja os impostos federais sobre os combustíveis, como PIS, Cofins e Cide, Bolsonaro vem defendendo uma mudança na forma de cobrança do ICMS sobre esses produtos. O ICMS é um tributo estadual que representa uma fatia importante de arrecadação tributária dos governos locais.

 

“Eu zero o federal se eles zerarem o ICMS. Está feito o desafio aqui agora. Eu zero o federal hoje (dia 5), eles zeram o ICMS. Se topar, eu aceito”, disse Jair Bolsonaro. Para o presidente, o tributo deveria ser calculado sobre o valor vendido nas refinarias e não nos postos de combustíveis.

 

“Olha o problema que eu estou tendo com combustível. Pelo menos a população já começou a ver de quem é a responsabilidade. Não estou brigando com governadores. O que eu quero é que o ICMS seja cobrado no combustível lá na refinaria, e não na bomba. Eu baixei três vezes o combustível nos últimos dias, mas na bomba não baixou nada”, disse Bolsonaro.

 

Os tributos federais incidentes sobre os combustíveis são a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), o Programa de Integração Social/Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Pasep) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Com informações da Agência Brasil.,

 

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