Centrais sindicais fazem manifestação em Palmas nesta 6ª contra nova lei trabalhista

Os sindicalistas também vão atacar a proposta de Reforma de Previdência do governo e a alteração da lei de trabalho escravo

Representantes de sindicatos organizam mobilização
Descrição: Representantes de sindicatos organizam mobilização Crédito: Divulgação

Em todo o Brasil, as centrais sindicais promovem nesta sexta-feira, 10, mobilização contra a nova Lei trabalhista, que entra em vigor no dia 11. Em Palmas, o movimento é organizado em conjunto pela Força Sindical, Central Pública, CTB (Central Brasileira dos Trabalhadores), CUT (Central única dos Trabalhadores), Nova Central e UGT (União Geral dos Trabalhadores) e começa às 9 horas, no centro da cidade.

 

Conforme os sindicatos do Tocantins, as pautas de protesto principais das centrais são as relações de trabalho abrindo espaço para aumento de jornada, diminuição de horário de almoço, redução de férias, entre outros pontos. Os sindicalistas também vão atacar a proposta de Reforma de Previdência do governo e a alteração da lei de trabalho escravo.

 

“O momento é de reação total. Agora não interessa quem é de qual central, que espaço está disputando, quem faz, ou não parte de federação. Temos, todos, um inimigo em comum, que é esse governo, cada vez mais perverso com os trabalhadores”, ressaltou o diretor-tesoureiro da Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos do Tocantins, José Ronaldo dos Santos.

 

Filiada à Força Sindical, a Fesserto reuniu, nesta quarta-feira, 8, o Sidifiscal (Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual do Tocantins), o Sindagro (Sindicato dos Profissionais de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins), o Seet (Sindicato dos Profissionais da Enfermagem no Estado do Tocantins), a Associação de Gestores Públicos, o Sindilegis-TO (Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa do Tocantins), o Sindicato dos Caminhoneiros, o Sindicato dos Aposentados, dos funcionários dos postos de combustíveis, da Construção Civil Leve, da Construção Pesada, outros sindicatos da iniciativa privada, além da própria Central Pública e a CTB para ajustes da estratégia final da mobilização.

 

Juros e combustíveis

 

Outra pauta do movimento é contra a prática de juros pelo sistema bancário. “O governo prejudica o trabalhador com a redução de direitos, com a precarização das relações dos trabalhos, e os bancos tratam de piorar a situação, com juros gigantes”, salientou José Ronaldo.

 

A nova política de preços de combustíveis da Petrobras, que vem provocando reajustes nos preços, também será atacada. “A todo momento os combustíveis vêm aumentando. Há uma disparada nos preços que cada vez faz mais mal aos trabalhadores. Isso é inadmissível em um país produtor de Petróleo como o nosso. Em Palmas, já estão vendendo a gasolina a mais de R$ 4,30”, frisou o sindicalista.

 

Para as centrais, o atual governo, recheado de casos de corrupção, não tem legitimidade para fazer reformas. “Quem quer reformar precisa ter autoridade moral e, se há necessidade de cortar gastos, os prejuízos têm que ser divididos entre todos, não apenas o trabalhador”, ressaltou José Ronaldo, ao destacar que, no caso da Previdência, antes de obrigar as pessoas a contribuírem por 50 anos, o governo deveria promover uma grande ação de cobrança dos maiores devedores. “Metade da dívida é dinheiro suficiente para evitar a reforma por muitos anos”, finalizou.
 

(Com informações da Ascom/Fesserto)

Comentários (0)