O advogado Antonio Ianovichi, que defende o Sargento Godinho em duas ações penais e também na sindicância montada no âmbito da Polícia Militar, informou ao portal T1 Notícias que não são verdadeiras as alegações do preso.
O advogado confirmou que, com autorização judicial, esteve na CPP acompanhado do Sargento Godinho e de oficiais da Polícia Militar responsáveis pela sindicância para ouvir o preso como testemunha no procedimento administrativo montado pelo PM.
“Foi a única vez que estive com este preso. Não houve coação, haviam oficiais da PM acompanhando o depoimento. Todo o depoimento foi gravado e o Wescley depôs de livre e espontânea vontade”, afirmou o advogado.
Godinho é retirado da sala
Ainda de acordo com o advogado a oitiva do preso era necessária para a instrução da sindicância instaurada pela Polícia Militar. “Quando eu percebi que o preso estava mudando o seu depoimento, solicitei que o Sargento Godinho fosse retirado da sala justamente para que depois ele não viesse alegar coação, no que fui atendido”, sustentou Antonio Ianovichi.
O advogado afirmou ainda que vai provar perante a Justiça a inocência do policial militar. “As pessoas que acusam o Sargento Godinho são justamente aquelas que ele prendeu por tráfico de drogas e que tem interesse na sua condenação”, argumentou.
Antonio Ianovichi afirmou também que o Sargento Godinho é pessoa bem conceituada na comunidade onde mora e que em apenas um ano efetuou a prisão de 78 traficantes de drogas Capital.
Promotor não fala
Procurado pelo Portal T1 Notícias, o promotor substituto da 4ª Promotoria de Justiça da Capital, Daniel José de Oliveira Almeida, que ouviu o preso em seu depoimento ao MPE, informou, através de sua secretária que não iria falar com a imprensa a respeito do assunto.
Mesmo com a resposta o T1 solicitou a assessoria do MPE esclarecimentos sobre o assunto.
Irmão de Sargento se diz tranquilo
O agente penitenciário Joel dos Santos Godinho negou qualquer tipo de ameaça ou coação ao preso Wescley Ribeiro da Cunha. “Vi esse preso apenas duas vezes”, informou Joel ao Portal T1 Notícias.
O agente penitenciário afirmou também que por Wescley ter denunciado o seu irmão – Sargento Godinho – ele procura manter distância do preso. “A denúncia não tem fundamento e o objetivo é prejudicar meu irmão”, argumentou.
Ainda segundo Joel, ele já tomou conhecimento da denúncia e permanece tranquilo. “Trabalho há 12 anos no sistema penitenciário e sei identificar quando estão tentando armar pegadinha para cima de mim”, afirmou.
O agente informou ainda que não participa das escoltas de presos e que no dia da denúncia estava fazendo prova na faculdade. “Após as 18 horas é proibida a entrada dos agentes nos pavilhões” sustentou Joel ao contrapor a informação segunda a qual, os presos teriam sido transferidos após as 18 horas para Araguaína.
Joel Godinho afirmou ainda que a Promotoria apenas ouviu o preso e que não ofereceu denúncia. “Estou tranquilo em relação a isso e após o retorno de minhas férias, no início do próximo ano, vou solicitar transferência para trabalhar em outra unidade prisional do Estado”, argumentou.
Centro vai denunciar
O Centro de Direitos Humanos de Palmas, afirmou que o caso será denunciado a Corregedoria do Tribunal de Justiça do Tocantins para que a situação seja investigada.
Comando se manifesta
O Comando da Polícia Militar informou que Godinho se encontra sob custódia da Polícia Militar no 6º Batalhão e que todas as vezes que o preso deixou a unidade prisional foi com autorização do titular da 1ª Vara Criminal.
Ainda segundo o Comando, quando alguém é notificado a prestar declarações, as oitivas são realizadas com a presença do próprio sargento e tudo devidamente autorizado pelo juiz.
Confira a íntegra da nota:
O Comando Geral da Polícia Militar informa que:
- O sargento Samuel dos Santos Godinho está sob custódia da Polícia Militar no estabelecimento prisional de policiais militares do 6º BPM – Batalhão da Polícia Militar, em Taquaralto/Palmas;
- Todas as vezes que o referido sargento – preso preventivamente por ordem do juiz da 1ª Vara Criminal – deixou o estabelecimento prisional, foi por autorização judicial do titular da Vara Criminal;
- O procedimento administrativo pelo qual o sargento Godinho responde, no âmbito da Polícia Militar, transcorre obedecendo todos os trâmites legais e na fase de instrução, quando alguém é notificado a prestar declarações, as oitivas são realizadas com a presença do próprio sargento e tudo devidamente autorizado pelo juiz.
Comentários (0)