Ao aderir ao PNAIC - Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, programa lançado pela presidenta Dilma Rousseff, no último dia 8, o Governo do Estado compreende ser este um suporte capaz de contribuir para que todas as crianças, até os oito anos de idade, sejam alfabetizadas. Em entrevista à imprensa, na manhã desta segunda-feira, 12, o secretário de Estado da Educação, Danilo de Melo Souza, apontou os possíveis avanços na área com a iniciativa.
O PNAIC prevê investimentos de quase R$ 5 milhões para o Tocantins, no direcionamento da alfabetização até os oito anos de idade, a fim de garantir a igualdade de oportunidades a todos os brasileiros. O objetivo do pacto é fazer com que, na referida idade, as crianças que estudam em escola pública tenham o domínio da leitura e da escrita, e conheçam as primeiras operações, frisa o secretário da Educação. Elas contarão com capacitação, material didático, bolsas de estudos, jogos educativos para alunos e incentivo e apoio dos professores, acrescenta.
Com o Estado ocupando o 1º lugar, com 17%, e o Ceará em 2º, com 18%, entre os estados das regiões Norte e Nordeste do país em alfabetização de crianças até os seis anos de idade, em contrapartida à queda ano a ano nos índices de analfabetismo, o professor Danilo diz que a meta do Governo Estadual é continuar atuando para que o Tocantins não só iguale, como ultrapasse o índice nacional de alfabetização até os oito anos, em média dos 15%.
O secretário da Educação informou que o governador Siqueira Campos determinou os entendimentos para que a parceria, com a adesão do Estado ao programa federal. Do mesmo modo relata que o secretário de Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos, já solicitou levantamento priorizando condições de saúde e educação das famílias com crianças nesta faixa de idade, filhos fora da escola, ou com dificuldade de aprendizagem.
Conforme Danilo de Melo, as crianças que tiveram oportunidade de fazer a pré-alfabetização são as que, ao passarem para a fase de alfabetização, conseguem aprendizagem com mais facilidade. “São capazes de ler, estudar e entender textos de certa complexidade e sem traumas”. Ele avalia que os principais problemas, hoje, que refletem na falta de alfabetização de jovens acima dos 15 anos de idade, se devem a problemas de má formação na zona rural. Com o tempo e as interrupções, eles não fecham o ciclo de seus estudos e terminam desistindo de seus objetivos, ele constata. Para o gestor, é preciso que o estudante, ao chegar ao ensino médio, seja inserido no contexto de aproximação com a formação profissional.
Ainda para ele, o que não se pode mais convencionar como lado positivo da formação é a reprovação. “Nenhum Estado moderno utiliza mais o expediente da reprovação como avaliação e punição. Isso é algo para sociedades com herança autoritária. O que tem que valer é a autoridade do educador e não o autoritarismo”, define. (Da assessoria).
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