O comandante geral da Polícia Militar do Tocantins, Coronel Luiz Cláudio Benício, afirmou ao Portal T1 Notícias que o afastamento dos seis policiais suspeitos de participação no assassinato de seis pessoas em Gurupi não indica “presunção de participação dos policiais no caso”.
De acordo com o Comandante, a medida administrativa tem como objetivo preservar e dar tranquilidade aos policiais enquanto o Ministério Público investiga os crimes. “A investigação está sendo conduzida pelo Ministério Público e está em segredo de Justiça. Por isso não tivemos acesso aos autos. Mas não há nada que comprove a suposta participação dos policiais no episódio”, afirmou o Comandante.
Desvio de condutas
O Comandante Benício destacou também que “a Polícia Militar nunca tolerou nem vai tolerar desvios de condutas na Corporação. Vamos aguardar o Ministério Público concluir as investigações e caso seja comprovada participação de qualquer policial serão tomadas as medidas necessárias”, informou.
Os policiais foram retirados dos serviços nas ruas e direcionados para trabalhos internos na Corporação enquanto aguardam o fim das investigações que apuram a execução de seis pessoas ocorrida no final de setembro.
Trabalho intensificado
O Comandante informou também que o trabalho da Polícia Militar no combate ao crime está sendo intensificado em todo Estado, principalmente nas cidades onde há o maior número de registro de ocorrências, como Palmas, Gurupi e Araguaína. “Estamos fazendo blitz e abordagem a veículos e pessoas suspeitas como forma de evitar a prática de crimes”, informou.
Ainda segundo Benício, está havendo o trabalho integrado com a Polícia Civil e a Polícia Federal, além das polícias do Pará e do Maranhão no combate aos crimes de roubos a bancos e caixas eletrônicos em várias cidades do Estado. “Até agora todas as pessoas presas por este tipo de crime vieram de outros Estados praticar assaltos aqui. Por isso a importância deste trabalho conjunto” argumentou.
Entenda
No final de setembro seis pessoas com idade entre e 18 e 34 anos foram executadas com tiros na cabeça. Uma força tarefa da Secretaria da Segurança Pública e do Ministério Público foi criada para investigar os crimes.
Seis policiais militares que estavam de serviço no dia dos crimes foram ouvidos no Ministério Público sob suspeita de terem participado da ação. Os policiais negaram a participação no caso.
Mesmo assim o Comando da Polícia Militar decidiu por retirá-los dos trabalhos das ruas e mantê-los apenas nas funções internas da Corporação até o fim das investigações.
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