Concurso para professor de educação indígena está em estudo na Seduc

Governo do Estado anunciou retomada de curso de Magistério Indígena e estudo de concurso para professor. 81 professores estão sendo capacitados para atuar em aldeias.

Professores em capacitação para Educação Indígena
Descrição: Professores em capacitação para Educação Indígena Crédito: Luiz Melchiades

O Governo do Estado anunciou a retomada de ações voltadas para a Educação Indígena. Por meio da Secretaria de Educação (Seduc), foi aberta nesta quinta-feira, 09, a 24ª etapa do curso de Magistério Indígena, no Centro de Ensino Médio Indígena Xerente (Cemix), em Tocantínia. Segundo o Governo, o curso também é um preparatório para o concurso de professor indígena, que já está em estudo na Seduc.

 

No total, 81 professores estão sendo capacitados para aturarem nas aldeias indígenas. Os cursos tem carga horária de 40h e 60h e segue até o dia 24 de julho, com a segunda etapa prevista para acontecer em dezembro, próximo período de férias escolares. Nesta etapa de formação, estarão aptos a ministrar aulas em escolas indígenas, aqueles que conseguirem manter, pelo menos, 75% de frequência nas disciplinas ministradas.

 

De acordo com o diretor de Diversidade e Programas Educacionais, Felipe Carvalho, que esteve no ato representando o secretário da Educação, Adão Francisco de Oliveira, o Governo do Estado mostra comprometimento com a educação indígena que estava, há anos, paralisada. "A educação indígena é fundamental, tendo em vista que o Tocantins abriga sete etnias indígenas. Projetos como o curso de magistério, mostra o comprometimento do nosso governador Marcelo Miranda em fortalecer o ensino nas comunidades", afirmou.

 

Segundo Cleide Araújo, gerente de Educação Indígena, a Seduc também fará a retomada das formações continuadas e capacitações para o administrativo. "Estamos com uma expectativa bastante grande com relação à educação escolar indígena, pois pretendemos ser referência no País. Além do governo se preocupar com a qualificação, do outro lado vemos a satisfação e valorização desses professores, com essas políticas", disse.

 

A paralisação da política educacional indígena era uma grande preocupação da comunidade, conforme a professora, Valnice da Mata Brito Xerente, que também participa do curso de Magistério Indígena. Segundo ela, a retomada do processo e anúncio de um concurso para professor indígena levou mais pessoas a buscar capacitação. "Com a continuação do processo, pretendo concluir o curso de magistério. Agradeço a esse governo que teve a iniciativa de continuar os projetos de capacitação e qualificação escolar indígena. A previsão de um concurso para professor indígena é a nossa grande motivação a estar buscando sempre melhorar a nossa aprendizagem e ensino nas aldeias", comemorou.

 

Participam do curso professores das etnias Krahô, Apinajé, Xerente, Javaé, Karajá, Krahô-Kanela e Karajá-Xambioá. Nesta etapa, são ministradas disciplinas de línguas indígenas, metodologia e prática de ensino, literatura infanto-juvenil, fundamentos antropológicos e estágios supervisionados.

 

 

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