Professores e alunos da Universidade Federal do Tocantins (UFT) do campus de Araguaína, Tocantinópolis e Porto Nacional representarão o Estado ao participarem do X Congresso Brasileiro de Pesquisadores (as) Negros (as) – X COPENE, de 12 a 17 de outubro na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em Minas Gerais.
A Associação do Pesquisadores Negros (ABPN) estará no evento. Dentre os seus diferentes objetivos está ‘congregar os Pesquisadores que trabalham com temas de interesse direto das populações negras no Brasil e Promover conferências, reuniões, cursos e debates no interesse da pesquisa sobre temas de interesse direto das populações negras no Brasil’.
Com o tema (RE)EXISTÊNCIA INTELECTUAL NEGRA E ANCETRAL: 18 ANOS de enfrentamento, de acordo com as informações repassadas ao T1, a prioridade do evento é o diálogo com os povos africanos e da Diáspora, com vistas aos debates e reflexões sobre a intelectualidade negra nos diferentes campos e áreas do conhecimento cientifico, artístico e dos saberes tradicionais como forma de enfrentamento do racismo.
O congresso
No COPENE são vivenciados importantes compromissos com as temáticas, aprofundada a relação com a Educação Básica, além de maior aproximação com os NEABs - Núcleos de Estudos Afro-brasileiros, intensificação do diálogo com os movimentos Quilombolas e diálogo maior com os estudantes e professores africanos presentes no Brasil e o agravamento da intolerância contra as religiões afro-brasileiras.
Com o público das cinco regiões do Brasil e de estrangeiros, o Congresso está organizado em Conferências que abordam a (RE)existência negra, intelectuais negros/as e as pesquisas cientificas no Brasil, Perspectivas e direitos quilombolas, Rodas de Conversa; Feminismo negro, Trajetórias e diálogos, Estética Negra, Racismo institucional, Sessões Temáticas; A implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para as Relações Étnico-Raciais, Vivências com as Congadas São Benedito, Nossa Senhora do Rosário, Kizumba, Moçambique, Marinheiro, sendo ao todo 24 ternos além de apresentação de pôsteres, lançamento de livros e minicursos. Minha participação aconteceu na mesa ‘Estudos Africanos Interdisciplinares’. Nessa foi abordado aspectos históricos, sociais, econômicos, diplomáticos, religiosos, educacionais, literários, geográficos, políticos, territoriais, de saúde e culturais do continente africano as ações de intercâmbio que nos possibilitem estreitar relações parceiras com países africanos.
O início das atividades se deu com a benção entoada com cânticos e danças de sacerdotes e sacerdotisas das Religiões de Matrizes Africanas para a conferência de abertura.
Experiência
O professor da UFT, Rosemberg Ferracini, contou sua experiência até o momento no congresso destacando a fala do professor Doutor Kabengele Munanga ao tratar da militância dos diferentes grupos contra o racismo.
"Dentre o histórico do movimento negro no Brasil, para o professor temos que reconhecer a importância dos brancos na luta contra a discriminação e a intolerância racial. Para o mesmo a luta é de todos nós, nessa é importante sabermos o lugar da fala, de onde se escreve, quem se relata, o porque se pesquisa e milita, quando está presente os resultados e as contribuições para um mundo onde tenhamos uma pedagogia de combate ao racismo, na luta contra a discriminação étnico-racial, fortalecendo a consciência negra na sociedade. Dizer-se negro é reconhecer e exigir a valorização e respeito às pessoas negras, como a sua descendência africana, sua cultura e sua história de ser brasileiro, axé o congresso continua", conclui o professor.
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