Conselho registra BO após morte de bebê em Palmas; Saúde diz que não faltou médico

Servidora do Dona Regina, em Palmas, denunciou que um bebê teria morrido na barriga da mãe, paciente da unidade, supostamente por falta de médicos

Saúde aponta que parto vaginal é procedimento normal na maternidade
Descrição: Saúde aponta que parto vaginal é procedimento normal na maternidade Crédito: Imagem Ilustrativa / Divulgação

Um boletim de ocorrência foi registrado pelo Conselho Federal de Medicina, na Polícia Civil, pedindo providências e uma investigação, após uma servidora pública do Hospital e Maternidade Dona Regina, em Palmas, denunciar que um bebê teria morrido na barriga da mãe, paciente da unidade, supostamente por falta de médicos para atendê-la de domingo, 6, para segunda, 7.

 

A jovem Samara Mateus, de 24 anos, foi internada na maternidade no último domingo, gestante de oito meses, e foi atendida por um médico plantonista e enfermeiros, mas a família alega que nenhum obstetra foi avaliar a barriga da paciente e as condições de saúde do feto. No dia seguinte, ainda conforme a família, Samara foi medicada, mas durante o atendimento uma das enfermeiras notou a ausência de batimentos cardíacos no bebê, que teve a morte constatada após um ultrassom.

 

No dia 1º de janeiro, mais de 15 mil contratos temporários com servidores públicos foram extintos pelo governo do Estado. Entre os profissionais demitidos estavam 629 médicos que atuavam nos hospitais públicos do Tocantins. Na última sexta-feira, 4, o governo revogou as demissões de 386 médicos, mas nas redes sociais a população afirma que os profissionais são insuficientes e que ainda há falta atendimento nas unidades de saúde.

 

Saúde afirma que não faltou obstetra

 

Sobre o caso da paciente Samara Mateus, a Secretaria de Estado da Saúde informou, em nota ao T1, que não havia falta de obstetra na Maternidade Dona Regina, conforme alegou a família da jovem.

 

“No domingo, 06, como na segunda-feira, 07, haviam três médicos ginecologista obstetra de plantão na unidade. A paciente Samara Matheus Alves foi acompanhada durante todo o período de sua internação, o seu feto de 38 semanas teve uma morte súbita intraútero, que será investigada”.

 

A Secretaria ainda esclareceu que “a expulsão do feto via parto vaginal é um procedimento normal e está dentro das condutas médicas adotadas”.

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