O Consuni - Conselho Superior da Universidade Federal do Tocantins se reunirá às 14h30 da tarde desta quarta-feira, 3, com uma pauta no mínimo polêmica. Após a Operação Apoio Zero da PF que chamou para depor o reitor Márcio da Silveira, envolvendo convênios da instituição com a Fapto, é a primeira reunião em que representantes de docentes, discentes e sindicato se manifestarão. Na pauta da reunião, que é antecipada 48 horas antes, consta “Consulta ao Processo Eleitoral 2016/2019”.
Nos bastidores no entanto a informação é de que a Reitoria encaminhará a proposta de redução do período do processo eleitoral - normalmente com duração de um mês - para praticamente uma semana. “Querem propor inscrição de chapas dia 25/03, homologação 28/03 e eleição dia 30/03, com três dias, um verdadeiro absurdo”, disse uma fonte do T1 Notícias na Universidade.
Sindicato quer explicações sobre operação
A Seção Sindical dos Docentes da UFT, presidida por Maurício Alves da Silva, quer sugerir como ponto de pauta - que pode ou não ser acatado pelo Conselho - um pedido de explicações sobre a Operação da PF, além de quais os projetos foram impactados com o desvio de recursos federais apontado na investigação federal. O Consuni ainda não se manifestou sobre o tema. “A universidade e a sociedade como um todo precisam de explicações sobre o que está acontecendo dentro da instituição. Nós apresentamos nossos pontos de pauta, entre eles a questão do processo eleitoral para a escolha do novo reitor, e esperamos que o Conselho abra o debate sobre esses assuntos que não foram conversados até o momento”, afirma Maurício.
Processo eleitoral disputado
Fora da disputa pela reitoria, Silveira terá seu grupo representado nas eleições deste ano pela professora Isabel Auler, atual vice-reitora. Com os nomes colocados nos grupos de discussão estão ainda o professor Expedito Cavalcante, do Campus de Araguaína, o professor George Brito, ex-presidente da Agetec e o professor Élvio Quirino. O Edital de convocação das eleições deve ser aprovado na reunião desta quarta.
“Já existem pré-candidatos, temos até julho para estarmos com o processo eleitoral concluído, mas a partir desta reunião é que serão definidas as datas e como ocorrerá o processo eleitoral dentro da instituição, que pode ser por meio de eleição ou consulta”, explica Maurício.
Nos bastidores as informações são de que alguns dos pré-candidatos poderão compor até a data de registro de chapas. A se manterem quatro chapas, o processo promete ser um dos mais disputados da história recente da Universidade.
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