Da melancia ao maracujá, propriedade dá a volta por cima com assistência do Senar

Pesquisa de mercado apontou que a produção de melancia não tinha futuro naquele ambiente e apresentou o maracujá como alternativa de produção

Com assistência técnica do Senar, o produtor Antônio Alves hoje planta maracujá
Descrição: Com assistência técnica do Senar, o produtor Antônio Alves hoje planta maracujá Crédito: Divulgação Sistema FAET/Senar

O produtor Antônio Alves dos Santos sonhava em ser um grande produtor de melancia. Gostava da fruta e as informações que colhia na internet davam a ele a certeza de que a produção da seria simples e muito lucrativa. Mas tudo foi só um sonho…

 

Quando decidiu deixar as atividades na cidade e arriscar-se na produção de alimentos numa pequena propriedade da família, na divisa de Aguiarnópolis com Tocantinópolis, no extremo norte do estado, Antônio tinha convicção de que estava fazendo a coisa certa.

 

“Me empolguei demais com a melancia e investi tudo que eu tinha na cultura. Na primeira safra não foi ruim, mas no segundo plantio eu perdi praticamente tudo”, conta o produtor. Ele conta que a plantação sofreu um ataque de pragas muito forte e ele não sabia o que fazer. Buscou saídas caseiras, soluções na internet, mas quando decidiu buscar ajuda técnica já era tarde.

 

Segundo a técnica de campo do Senar, Isabel Cristina Gomes, quando chegou á propriedade percebeu que a produção da melancia não tinha futuro naquele ambiente. Foi então que ela fez uma pesquisa de mercado e apresentou uma alternativa: o maracujá.

 

“Disse ao Antônio que se ele quisesse mesmo ter renda com a produção de frutas tinha de deixar a melancia. E apresentei a ele as perspectivas do cultiva do maracujá”, destacou. Ela conta que o produtor reuniu o pouco que ainda tinha e apostou na ideia.

 

Antônio lembra que logo na primeira safra, a produção da fruta deu excelentes resultados. Pagou o investimento, cobriu outras despesas da propriedade e garantiu recursos para a nova safra, que deu resultados ainda melhores.

 

“Essa que superou mesmo! Consegui honrar os compromissos e o maracujá tá me dando uma casa nova aqui na chácara. Quando eu falo isso até me arrepio todo, moço”, conta emocionado.

 

Junto da mãe, Sinhara Alves, que antes tocava outras atividades na propriedade, basicamente de subsistência, o produtor já trabalha no segundo plantio e espera colher a mesma produtividade das safras anteriores, onde conseguiu mais do que o dobro da média regional da cultura, cerca de 13,89 kg por pé de maracujá. A média no estado não chega a seis kilos.

 

Com o acompanhamento técnico e gerencial do Senar, o produtor passou a compreender a importância do manejo correto, da adubação equilibrada e da organização da propriedade, melhorando significativamente o desenvolvimento das plantas e fortalecendo a experiência na fruticultura.

 

Motivado pelos bons resultados e pela rentabilidade alcançada, o produtor planeja implantar 600 novas plantas de maracujá, projetando um novo ciclo produtivo com duração média de dois anos e perspectivas ainda mais promissoras.

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