Defensoria e MPE requerem que Estado forneça medicamentos a 346 pacientes com câncer

Conforme dados da Secretaria Estadual da Saúde, repassados à Defensoria ontem, cerca de 30 medicamentos oncológicos estão com estoque zero

SES informou à DPE sobre falta de medicamentos
Descrição: SES informou à DPE sobre falta de medicamentos Crédito: Loise Maria/DPE

A Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) e o Ministério Público Estadual (MPE) protocolaram ontem, 19, petição nos autos de processo que trata da situação dos pacientes com câncer no Tocantins, para que seja bloqueado R$ 1 milhão nas contas do governo do Estado. De acordo com a Defensoria, a solicitação visa o cumprimento de sentença já proferida e, assim, garantir o fornecimento de medicamentos a 346 pacientes que estão com os tratamentos quimioterápicos interrompidos por falta de pagamento do Estado aos fornecedores.

 

Conforme dados da Secretaria Estadual da Saúde, repassados à Defensoria ontem, cerca de 30 medicamentos oncológicos estão com estoque zero. Nesse cenário, a DPE-TO ressalta que “(...) não há previsão para regularização do fornecimento das medicações haja vista que o ente [governo do Estado] acumula dívidas com os fornecedores contratados para fornecer as medicações, cujo montante já ultrapassa R$ 1.000.000,00 (...)”.  Por isso a necessidade do bloqueio de valores.

 

Para o MPE, é necessário que situações dessa natureza sejam também tratadas pela instituição na área criminal, pois podem configurar crime, conforme peticionado. A petição é assinada pelo coordenador do Nusa, defensor público Arthur Luiz Pádua Marques, e pela promotora de Justiça Maria Roseli de Almeida Pery.

 

Na petição, é informado que, atendendo a um chamado do MPE, o gerente da Rede Oncológica da SES e o assessor jurídico da referida Pasta foram ouvidos nesta terça-feira, 18, pela Promotora de Justiça. Em resposta aos questionamentos levantados pela Promotora, os representantes da Secretaria disseram que desde o último mês de novembro houve a interrupção do tratamento de alguns pacientes que fazem quimioterapia no Hospital Geral de Palmas.

 

(Com informações das Ascom DPE MPE)

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