Defensoria Pública discute situação de quilombolas em audiência pública

O Núcleo de Ações Coletivas e Núcleo da Defensoria Agrária reunirá em Audiência Pública instituições responsáveis para que juntos busquem soluções e benefícios em prol da comunidade

Audiência acontece nesta quinta
Descrição: Audiência acontece nesta quinta Crédito: Divulgação

Em visita à comunidade quilombola do Grotão em 12 abril deste ano, a Defensoria Pública recebeu denúncia de disputa territorial com fazendeiros naquela localidade, bem como descaso na área da saúde e educação. Diante da situação, o Núcleo de Ações Coletivas e Núcleo da Defensoria Agrária reunirá em Audiência Pública instituições responsáveis para que juntos busquem soluções e benefícios em prol da comunidade. O evento acontece nesta quarta-feira, 5, às 9h, no Fórum da cidade de Filadélfia.

A coordenadora da Procuradoria Federal junto à Fundação Cultural Palmares, Maria Isabel Rodrigues, participará da Audiência Pública, bem como representantes do Ministério Público e do Governo do Tocantins, entre outras autoridades.

A Comunidade Grotão é integrada por 33 famílias remanescentes de quilombolas, fica localizada na zona rural do município tocantinense de Filadélfia. Para o coordenador do Núcleo de Ações Coletivas, defensor público Arthur Pádua Marques, as famílias estão esquecidas, sem acesso à saúde, à educação de qualidade, com transporte escolar precário, falta de estradas e com muitas outras necessidades.

O coordenador do Núcleo da Defensoria Agrária, defensor público Hud Ribeiro Silva, completa, como se não bastassem, eles estão privados da maior parte do seu território em razão da ineficiência de órgãos federais e em razão de conflito com determinado fazendeiro; sequer podem visitar seus familiares enterrados em um cemitério onde o fazendeiro arrancou as cruzes para fazer cercas. O que passa naquela comunidade é desumano e desrespeitoso.  

A ação da Defensoria Pública trouxe à tona a realidade da comunidade e os quilombolas estão esperançosos em conseguir bons resultados. “A Defensoria Pública viu a nossa situação, viu o nosso sofrimento, espero que diante de todas essas constatações, haja uma união de esforços para que a realidade daqui seja mudada. Acreditamos que esta força, esta participação mais ativa do poder público trará dias melhores para todos nós”, afirmou a coordenadora da Comunidade Quilombola Grotão, Maria Aparecida Gomes Rodrigues.

Projeto

As atividades fazem parte do Projeto Defensoria Quilombola, instaurado pela Portaria nº87/2012 da Defensoria Pública, uma ação específica do Núcleo de Ações Coletivas e Núcleo da Defensoria Pública Agrária. 

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