Delegados são afastados da Operação Catarse e órgão representativo repudia situação

Sindicato dos Delegados informou que para tornar o andamento célere, eficiente e eficaz é necessária a atuação de uma força tarefa e não o desmonte das investigações.

Crédito: Divulgação

Após o afastamento dos delegados Wanderson Chaves de Queiroz e Gregory Almeida Alves do Monte, que atuavam na Operação Catarse investigando esquema de funcionários fantasmas na Secretaria-Geral de Governo e na Assembleia Legislativa do Estado, a entidade representativa dos delegados de Polícia Civil do Tocantins (Sindepol) se reuniu na manhã de ontem, 29, com a cúpula da Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP) para esclarecimento dos fatos. 

 

Em nota enviada ao T1, o sindicato informou que para tornar o andamento célere, eficiente e eficaz é necessária a atuação de uma força tarefa e não o desmonte das investigações.

 

“Essa investigação é extremamente complexa e muitos elementos já foram recolhidos envolvendo o mau uso do dinheiro público. O que não significa, claro, que essa investigação seja mais importante do que outras, no entanto, essa é de maior interesse da sociedade tocantinense, pois todo cidadão quer saber para onde está indo o dinheiro que ele paga em impostos que na maioria das vezes não retorna à sociedade em forma de políticas públicas.”

 

A ordem de afastamento partiu do Delegado-Geral de Polícia Civil no Tocantins, Rossílio de Souza Correia, para que ambos fossem transferidos para a 1ª Delegacia de Polícia de Palmas. De acordo com o Sindepol-TO, no memorando há alegação de que as delegacias de polícia não envolvidas na operação estavam desprovidas de efetivos.

 

Ainda segundo o Sindepol, os delegados afastados já procuraram medidas judiciais para revogação da solicitação do Governo do Estado. “E nós do Sindepol/TO estamos acompanhando a situação com grande preocupação, pois a sociedade como um todo tem interesse na transparência do Governo, assim como na agilidade da Polícia Civil”, encerrou a nota.

 

Contatada pelo T1, a Delegacia-Geral da Polícia Civil do Estado emitiu nota se posicionando e prestando esclarecimentos. Confira na íntegra:

 

"A  Delegacia-Geral da Polícia Civil do Estado do Tocantins informa que as investigações referentes a crimes contra a administração pública que tramitam perante à 1ª Delegacia de Polícia Civil de Palmas continuam sob presidência dos delegados naturais, ou seja, daqueles com competência legal para presidir os inquéritos, sendo eles os Drs. Jeter Aires e Cassiano Oyama,  Titular e Adjunto da 1ª DPC, respectivamente.

 

No tocante à ordem de missão que foi revogada, ressalta que a mesma foi expedida para que delegados lotados em outras unidades prestassem auxílio temporário junto à 1ª DPC de Palmas. O auxílio foi prestado por 42 (quarenta e dois) dias, sendo, então, determinado que os policias retornassem os seus locais de trabalho.

 

A Polícia Civil informa, por fim, que irá fornecer todo o suporte necessário às investigações, na medida em que for solicitado pelo Delegado Titular da 1ª DPC."

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