A assistente social Delvânia Campelo da Silva, de 50 anos, morreu após 21 dias internada na UTI do Hospital Geral de Palmas (HGP). Ela foi vítima de uma agressão brutal ocorrida em 22 de março, em uma chácara na zona rural de Caseara. O falecimento foi divulgado na sexta-feira, 11 de abril, e, conforme confirmado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), a família de Delvânia autorizou a doação de órgãos.
A SES-TO informa que a captação múltipla de órgãos é realizada pela Central Estadual de Transplantes com o auxílio de equipes do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). O processo inclui a realização de exames necessários para a efetivação da coleta de órgãos e pode durar até 36 horas. Conforme a família de Delvânia, o gesto de autorizar a doação de seus órgãos reflete a dedicação dela às causas sociais.
O que diz a Segurança Pública sobre o caso
De acordo com com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-TO), o companheiro Delvânia Campelo, identificado como Gilman Rodrigues da Silva, de 47 anos, é apontado como principal suspeito e já foi indiciado por feminicídio.
Conforme investigação da Polícia Civil, Delvânia foi atacada com golpes na cabeça, desferidos com o cabo de um rodo. Mesmo gravemente ferida, conseguiu pedir socorro por meio de mensagens e áudios enviados a um grupo de WhatsApp. Após o crime, Gilman fugiu, se apresentou à polícia três dias depois e foi preso preventivamente. Com a morte da vítima, o inquérito foi reclassificado de tentativa de feminicídio para feminicídio consumado.
A morte de Delvânia gerou comoção em todo o estado. Autoridades emitiram notas de pesar e reforçaram o compromisso com o combate à violência contra a mulher. Seguem as notas de pesar.
É com imenso pesar que a Secretaria de Estado da Mulher recebe a notícia do falecimento de Delvânia Campelo da Silva, de 50 anos, vítima de uma brutal tentativa de feminicídio ocorrida no município de Caseara, no dia 22 de março. Delvânia estava internada em estado grave na UTI do Hospital Geral de Palmas (HGP), após sofrer espancamentos violentos que resultaram em múltiplas fraturas na cabeça. Nesta sexta-feira, 11, infelizmente, sua luta chegou ao fim. Delvânia não é estatística. É grito sufocado, é urgência, é memória viva da brutalidade que precisa parar. Seu nome agora ecoa como um chamado à Justiça e à responsabilidade coletiva de proteger cada mulher deste estado. A Secretaria da Mulher lamenta profundamente esta perda e se solidariza com os familiares, amigos e toda a sociedade tocantinense que se comoveu com o caso. O feminicídio é a expressão mais cruel da desigualdade de gênero e reforça a urgência de ações efetivas de combate à violência contra a mulher em todas as suas formas.
Palmas, 11 de abril de 2025
Secretaria de Estado da Mulher
Recebi com muita dor e indignação a notícia da morte de Delvânia Campelo da Silva, uma mulher de 50 anos, assistente social, que foi brutalmente agredida em uma tentativa de feminicídio no dia 22 de março, em Caseara. Como primeira-dama do Tocantins e como mulher, me revolta profundamente saber que Delvânia teve sua história interrompida de forma tão cruel. Reafirmo aqui meu compromisso com o enfrentamento à violência contra a mulher. Não podemos naturalizar o inaceitável. Que sua memória nos fortaleça na luta por uma sociedade em que nenhuma mulher precise temer por sua vida. Meus sentimentos à família, aos amigos e a todos que, assim como eu, se entristecem com essa perda irreparável.
Karynne Sotero
Primeira-dama do Tocantins
Com imensa tristeza, recebi a notícia do falecimento de Delvânia Campelo da Silva, na noite desta sexta-feira, 11. Vítima de feminicídio, Delvânia parte precocemente aos 50 anos, deixando não apenas as lembranças da mulher forte que era, mas também a urgente necessidade de agirmos com ainda mais firmeza pela segurança das mulheres tocantinenses. Desde o início deste caso brutal, determinei todas as providências, tanto por parte da equipe multidisciplinar que a atendeu no Hospital Geral de Palmas, como da Polícia Civil para a apuração do crime e punição do culpado por parte da Justiça. Neste momento de profundo pesar, me solidarizo com amigos, familiares e reafirmo meu compromisso no combate à violência contra a mulher. Que Deus possa consolar o coração de todos que sofrem com essa imensa perda.
Wanderlei Barbosa
Governador do Tocantins
O falecimento de Delvânia causa revolta. Uma mulher vítima do machismo enraizado, vítima de uma violência brutal, que lutou bravamente por sua vida após ser espancada por seu então namorado — agora assassino. Sua partida nos causa dor e, acima de tudo, reforça a urgência de combater a violência contra a mulher com firmeza, celeridade e justiça. Delvânia não foi apenas mais um número nas estatísticas. Era filha, amiga, cidadã, e teve sua dignidade e seu direito à vida violados. Que sua memória sirva como um chamado à responsabilidade de todos nós — do poder público, da sociedade e das instituições — para garantir que nenhuma mulher seja silenciada, agredida ou esquecida.
Ricardo Ayres
Deputado federal
Recebi com profunda tristeza e indignação a notícia da morte da assistente social Delvânia Campelo da Silva, de 50 anos, vítima de feminicídio, na cidade de Caseara.
Diante da gravidade do caso, determinei a realização de uma audiência pública na Assembleia Legislativa, ainda este mês, para convocar todos os entes envolvidos no enfrentamento à violência contra a mulher, incluindo a sociedade civil. É fundamental compreendermos que essa não é uma questão restrita à segurança pública, mas um problema estrutural que atravessa diversas áreas, como saúde, educação, assistência social e justiça.
A violência contra a mulher é uma realidade cruel e inaceitável, que precisa ser combatida com firmeza e urgência. Não podemos permitir que mais mulheres tenham suas vidas interrompidas de forma tão brutal.
Na Assembleia Legislativa temos tentado, por meio de várias leis já em vigor, fazer a nossa parte no enfrentamento à violência de gênero, buscando garantir justiça e segurança para todas as tocantinenses.
Neste momento de dor, me solidarizo com os familiares, amigos e com todos os que se entristecem diante dessa perda irreparável. Que a justiça seja feita em memória de Delvânia.
Deputado Amélio Cayres
Presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins
É com imensa tristeza que recebemos a notícia do falecimento de Delvânia Campelo da Silva, aos 50 anos, ocorrido nesta sexta-feira, 11 de abril de 2025, em Palmas.
Delvânia foi vítima de uma brutal agressão ocorrida no dia 22 de março, um ato de violência com a mulher que nos chocou e indignou profundamente.
A violência que ceifou a vida de Delvânia clama por justiça e reforça a urgente necessidade de combater todas as formas de agressão e garantir a segurança de todos os cidadãos. Que a memória de Delvânia nos inspire a construir uma sociedade mais justa e pacífica.
Eduardo Siqueira Campos
Prefeito de Palmas
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