Demora no parto pode ser causa da morte de recém-nascida de Taguatinga

Mãe foi atendida no Hospital de Taguatinga e por falta de anestesista foi encaminhada para Dianópolis, onde a criança morreu 12 horas após o nascimento.

A demora na realização de um parto em Taguatinga pode ter sido a causa da morte de uma recém-nascida. De acordo com amigos de familiares de Laiane Galvão, de 21 anos de idade, houve demora no atendimento ocorrido no hospital da cidade. O fato causou indignação e teve repercussão nas redes sociais.

 

Laiane estava grávida do primeiro filho e fez pré-natal em um posto de saúde de Taguatinga. “O médico que acompanhou minha gravidez marcou o parto para o dia 26 de fevereiro. Mas na madrugada do dia 24 eu entrei em trabalho de parto e procurei o hospital”, contou Laiane.

 

De acordo com as informações, ela não conseguiu ter parto normal e teve que ser submetida a uma cesariana. “Não tive dilatação suficiente para ter parto normal e o médico decidiu me encaminhar para Dianópolis, onde fui imediatamente levada para a sala de cirurgia para ser submetida a uma cesariana”, contou Laiane ao Portal T1 Notícias.

 

Segundo ela, a criança, uma menina, faleceu 12 horas após o nascimento. “Como ela passou da hora de nascer, engoliu muito líquido e até fezes”, afirmou a mãe. Ainda abalada com a morte de sua primeira filha, Laiane declarou que vai esperar uns dias para decidir se vai tomar alguma providência. “Agora estou muito abalada para decidir isto. Vou esperar eu me acalmar para depois decidir se faço denúncia na Justiça”, informou.

 

Sem anestesista

A diretora administrativa do Hospital Municipal de Taguatinga, Adaltiva Dias Ferreira, afirmou ao Portal T1 Notícias que o hospital não possui médico anestesista 24 horas por dia e por isso o parto de Laine não foi feito em Taguatinga. “Ela foi atendida por volta das 5 horas da manhã e como não tinha dilatação o médico entrou em contato com o hospital de Dianópolis e providenciou a transferência, por volta das 8h30” afirmou.

 

Adaltiva informou também que a decisão do médico de plantão em transferir a paciente para outra cidade aconteceu porque, caso fosse necessário fazer uma cesariana – como de fato aconteceu - o hospital não tinha anestesista para o procedimento. “Nosso hospital é pequeno e não possui anestesista 24 horas por dia e por isso foi decidido pela transferência para o Hospital Regional de Dianópolis, que é um hospital de referência e possui uma estrutura melhor”, justificou.

 

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