Para mobilizar e sensibilizar a população sobre a necessidade de combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chinkungunya, além da febre amarela urbana, o Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES/TO), e com a participação dos 139 municípios, aderiu ao Dia D de Mobilização Nacional contra o vetor. A ação no estado é coordenada pela SES/TO e pela Superintendência do Ministério da Saúde (MS). No início da semana, o estado convocou a população a participar da ação, que será aberta oficialmente na Policlínica da 303 Norte, das 07h30 às 12h.
Em Palmas, a Secretaria Municipal da Saúde (Semus) aderiu ao Dia D e informou que ação será realizada na região Norte a partir das 8 horas, com concentração inicial, após a abertura oficial, na Praça da Quadra Arno 31 (303 Norte), de onde as equipes vão se deslocar para visitar as residências para eliminar criadouros do mosquito. Conforme a Semus, serão cerca de 40 agentes de combate às endemias e agentes comunitários de saúde que atuarão no Dia D para realizar atividades de educação em saúde com os moradores e remoção de focos do mosquito. A ação também contará com equipes da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Habitação para limpeza das áreas verdes e lotes baldios da quadra.
A diretora de Vigilância em Saúde da Semus, Adriana Victor, reforça a importância da ação, especialmente neste período que acontecem as primeiras chuvas. “No tempo de seca, as pessoas diminuem os cuidados em relação aos possíveis criadouros e já nas primeiras chuvas conseguimos ver o aumento de casos de dengue, então esse trabalho é fundamental para alertar a população sobre a sua contribuição em relação à saúde pública.”
Vetor Zero
O Dia D vai complementar o Projeto Vetor Zero, lançado em setembro. Desde esse período, foram realizados mutirões em várias quadras da Capital para conscientizar a comunidade a manter o quintal sempre limpo, evitar possíveis criadouros ou acúmulo de água parada.
De acordo com a SES/TO, a mobilização contará com ações estratégicas com o intuito de reduzir criadouros do Aedes aegypti, promover saúde e conscientizar a sociedade sobre a importância do combate ao vetor da dengue, da chikungunya e da Zika. Neste período epidêmico que se inicia agora com a chegada das chuvas, depósitos como pneus, materiais rodantes, lixo, entulhos e sucatas tornam-se locais de desenvolvimento do mosquito.
“Os índices tocantinenses são bons, por isso precisamos da mobilização da população para manter o controle do vetor e evitarmos a alta no número de casos das arboviroses. Isso resulta em menor impacto na rede assistencial e, consequentemente, mais qualidade no atendimento dispensado aos usuários do Sistema Único de Saúde”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Vânio Rodrigues.
Para a gerente de Vigilância das Arboviroses da SES-TO, Christiane Bueno, “a sociedade precisa participar desse momento. Neste sábado, destine 10 minutos do seu tempo para cuidar da sua família, da sua casa e do seu quintal identificando e eliminando focos do vetor, recolhendo recipientes que podem acumular água para deixar sua residência livre do mosquito e contribuir para a saúde de todos. Vamos juntos trabalhar para um ambiente mais limpo e uma saúde melhor!”.
Dados epidemiológicos
Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) mostram que o Tocantins apresentou uma queda de 24,3% no número de casos de dengue, com 3.154 casos em 2025 contra 4.166 em 2024.
Em 2025, até o momento, 139 municípios possuem casos registrados, sendo 15.856 casos notificados contra 22.471 em 2024, mostrando uma queda de 29,4%. Até o momento, 97 municípios confirmaram casos. Os dados apontam ainda a confirmação de 2 óbitos, em Araguaína e Cachoeirinha, e 01 óbito está em investigação, em Aliança do Tocantins.
O Sinan mostrou ainda que, em 2025, foram confirmados 551 casos de Chikungunya, sendo que, em 2024, foram 750, queda de 26,5%. Já nos casos de Zika, houve aumento, sendo 65 casos em 2025 contra 46 em 2024.
“É fundamental que as equipes de saúde programem e desenvolvam atividades intra e intersetoriais voltadas para a educação à saúde, identificação e eliminação do vetor Aedes aegypti”, ressaltou Christiane Bueno.
Apesar da queda significativa de casos em 2025, a preocupação continua com a chegada das chuvas, pois a circulação viral simultânea de 03 dos 04 sorotipos da dengue e da chikungunya, assim como o aumento esperado da população vetorial podem contribuir para a ocorrência de surto e epidemias.
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