Diante de denúncia do MPE, defesa alega tentativa de comprometer Duda no caso Vencim

Advogado nega que o cliente tenha montado cartel em Palmas e diz que tem como provar. “É uma denúncia oferecida exclusivamente para tentar criar um liame do crime de homicídio”, dispara

Duda Pereira é alvo de denúncia do MPE; defesa contesta
Descrição: Duda Pereira é alvo de denúncia do MPE; defesa contesta Crédito: Divulgação

O advogado de defesa do empresário Eduardo Augusto Pereira (Duda), Paulo Roberto, se manifestou nesta sexta-feira, 4, sobre nova ação movida pelo Ministério Público Federal (MPE) contra o seu cliente, na qual é apontado suposto esquema de cartel na venda de combustíveis envolvendo proprietários de postos em Palmas e Porto Nacional.

 

Paulo Roberto, que também defende Duda em processo criminal no caso da morte do empresário Wenceslau Leobas (Vencim), questiona relação feita pelo MPE nas ações. “O que mais me impressiona nessa ação, é que um cartel, composto por dois proprietários de postos é demais, né. Outra coisa que me assusta, é que o Ministério Público utilizou-se das mesmas testemunhas de acusação do processo crime, para poder provar que havia cartel em Palmas, praticado pelo Eduardo e pelo Benedito”, dispara.

 

Conforme o advogado, a denúncia oferecida pelo MPE tem uma pretensão de estabelecer uma relação entre o cartel e a morte de Vencim. “Eles querem estabelecer o móvel do crime, como sendo um crime praticado pelo cartel. É uma denúncia que fora oferecida exclusivamente para tentar criar um liame do crime de homicídio e não para verdadeiramente para estancar o cartel”, ressalta Paulo Roberto, acrescentando em seguida: “Na verdade não houve cartel e nós temos como provar isso. A defesa está tranquila”, finaliza.

 

Justiça acata denúncia do MPE

 

O juiz da 3ª Vara Criminal de Palmas recebeu na quinta-feira, 03, uma denúncia contra os empresários Duda Pereira e Benedito Neto de Faria (Dito do Posto) por suposto alinhamento de preços na venda de combustíveis no Estado, promovendo um esquema de cartel. A denúncia é do Ministério Público do Estado do Tocantins (MPE-TO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

 

De acordo com a denúncia, após assumir a presidência do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Estado do Tocantins (SINDIPOSTO), Duda Pereira impôs aos filiados dos sindicatos e aos demais proprietários de postos que mantivessem um alinhamento na venda de combustíveis. Os fatos investigados, conforme o Gaeco, ocorreram entre os anos de 2008 a 2016.

 

Duda Pereira é proprietário de dois postos de combustíveis em Palmas, além de diversas unidades em Porto Nacional e também é réu em processo por supostamente ser o mandante do atentado que provocou a morte do empresário Vencim Leobas em janeiro do ano passado. 

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