Governador Wanderlei Barbosa é afastado por seis meses em decorrência da Fames-19

Com o afastamento de Wanderlei, o vice, Laurez Moreira assume ainda hoje o governo; informações preliminares indicam que 51 mandados de busca e apreensão, entre outras medidas cautelares

Crédito: Divulgação PFTO

Para aprofundar as investigações que apuram suposto esquema de desvio de dinheiro na compra de cestas básicas pelo Governo do Tocantins durante a pandemia da Covid-19 e reunir novos elementos sobre o uso de emendas parlamentares, bem como o recebimento de vantagens indevidas por agentes públicos e políticos, a Polícia Federal (PF) deflagrou nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira, 3 de setembro, a segunda fase da Operação Fames-19.

 

 

Informações preliminares indicam que 51 mandados de busca e apreensão, entre outras medidas cautelares, estão sendo cumpridos em endereços em Palmas (Palácio Araguaia Governador José Wilson Siqueira Campos e Assembleia Legislativa do Tocantins), Araguaína, Distrito Federal, Maranhão e Paraíba. Pelo menos 200 policiais estão envolvidos na ação. O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) foi afastado por um período de até seis meses. Um dos mandados foi cumprido em desfavor do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa. Ele foi afastado por um período de seis meses por determinação do ministro Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que será levada para análise especial da Corte. O afastamento tem validade imediata, mas perde a validade caso a decisão de Campbell seja derrotada na votação da Corte.

 

 

O vice-governador, Laurez Moreira, deve assumir ainda o governo ainda nesta quarta-feira, 3.

 

 

Segundo a PF, as investigações da Operação Fames-19 tramitam sob sigilo no Superior Tribunal de Justiça. Elas apontam fortes indícios de um esquema de desvio de recursos públicos entre os anos de 2020 e 2021, período em que os investigados teriam se aproveitado do estado de emergência em saúde pública e assistência social para fraudar contratos de fornecimento de cestas básicas. 

 

 

A investigação da PF apurou que foram pagos mais de R$ 97 milhões em contratos para fornecimento de cestas básicas e frangos congelados, com prejuízo estimado superior a R$ 73 milhões aos cofres públicos. Os valores desviados teriam sido ocultados por meio da construção de empreendimentos de luxo, compra de gado e pagamento de despesas pessoais dos envolvidos.

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