Em audiência Pública na AL, reitora aponta problemas e potenciais da Unitins

A reitora da Unitins fez um levantamento dos principais problemas da Universidade. De acordo com ela, a Instituição passa por dificuldades financeiras e não tem técnicos o suficiente.

Reitora revela problemas da Unitins
Descrição: Reitora revela problemas da Unitins Crédito: Secom Tocantins

A audiência pública na Assembleia Legislativa (AL) na tarde desta quinta-feira, 26, resultou na aprovação de requerimento para a realização de audiências in loco nos campi de Augustinópolis, Araguatins e Dianópolis, através da Comissão de Educação da Casa de Leis.

 

Em sua fala a reitora, Elizângela Glória Cardoso, afirmou que o objetivo da audiência foi “expor a Unitins que temos hoje e a Unitins que queremos e nós queremos uma universidade forte, participativa, sobretudo democrática e de fato pública a serviço da sociedade tocantinense”. A reitora pediu apoio dos parlamentares para resolver os problemas pontuais enfrentados pela Unitins e ressaltou o potencial da universidade. “Temos profissionais competentes, somente em Palmas temos 64 mestres, 22 doutores e 51 especialistas atualmente.

 

De acordo com a reitora, a sede administrativa é alugada, as salas de aula funcionam em prédios de escolas estaduais, além disso, não há laboratórios de informática, bibliotecas nem recursos de apoio ao ensino.  A quantidade de técnicos administrativos na instituição, segundo a reitora, também é insuficiente.

 

Atualmente a Unitins possui 14 cursos presenciais em quatro campi atendendo a 1.811 estudantes, 12 pólos de ensino à distância pela Universidade Aberta do Brasil (UAB), que atende a 1.045 alunos.

 

O deputado estadual Paulo Mourão (PT), propositor da audiência, discursou sobre a necessidade de se estruturar os campi para oferecer uma universidade pública e de qualidade, que é interesse do governador Marcelo Miranda, com projeto pedagógico para o funcionamento desses campi. "Porque ai começamos a fazer justiça social", declarou.

 

Conforme Elizângela informou, há um número elevado de ações indenizatórias dos alunos do sistema à distância, além de demandas trabalhistas decorrentes de contratos precários e atrasos em processos administrativos. A atual gestão, nestes três meses, já pagou R$ 2,9 milhões de dívidas deixadas de 2014 e ainda restam em aberto R$ 7,5 milhões. Das dívidas da instituição, R$ 1,1 milhão do INSS já foram parcelados.

 

O deputado Ricardo Ayres (PSB) contribuiu afirmando que apesar de o Estado passar por dificuldades, já ha uma orientação para a manutenção dos campi a partir do aporte financeiro destinado pelo governador Marcelo Miranda. O deputado Eduardo Siqueira Campos também usou a tribuna e disse que está disposto a contribuir para planejar mais pela Unitins. Parabenizou o atual Governo por ter ampliado o recurso destinado a universidade.

 

Em seguida, o deputado Amelio Cayres (SD), que é da região do Bico do Papagaio lembrou a necessidade de oferecer educação gratuita e de qualidade ao povo da região e reconheceu a necessidade da mobilização por mais orçamento para estruturar os campi da Unitins.

 

Os acadêmicos também participaram da audiência com perguntas quanto à transformação da universidade em autarquia, fizeram elogios e também teceram críticas. “Eu me sinto realizada. Vejo a Unitins falar de fato sobre educação”, disse Luzia Medeiros, acadêmica do 8º período de Serviço Social.

 

O promotor de Justiça de Dianópolis, Luís Francisco, declarou que após a chegada da Unitins em sua cidade, “lá virou um corredor de esperança” e pediu que “cada um, com sua parcela de responsabilidade, ajude a transformar a Unitins”. 

 

(Com informações da Secom e Ascom/Unitins)

 

(Atualizada às 12h36)

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