O prefeito Ronaldo Dimas, juntamente com representantes dos órgãos de segurança pública, entidades de classe e comércio da cidade, assinou um manifesto devido à onda de violência sofrida pela cidade nas últimas semanas e a falta de ações efetivas do executivo e judiciário estadual e do governo federal para conter a criminalidade. A decisão partiu depois da última reunião realizada no dia 24 de maio, que resultou em alterações no decreto que regulamenta o horário de funcionamento de bares e restaurantes.
“Tomamos algumas medidas que cabiam ao município. Mas a segurança pública é responsabilidade do Estado e da União também. Não conseguiremos resolver a situação sozinhos”, explica Ronaldo.
Reivindicações
O manifesto expressa a insatisfação unânime das instituições em relação ao reduzido contingente policial das forças civil, militar, federal e rodoviária federal. A estrutura do Poder Judiciário também foi questionada. “Araguaína chega a ter menos varas do que comarcas menores que o município”, lembrou um dos representantes do judiciário presente na reunião. Há problemas com a estrutura física dos prédios que abrigam as varas e carência de recursos humanos. “Muitas vezes, o funcionamento da Justiça depende de favores do Poder Executivo do Município”, revela o Prefeito.
O Governo do Estado também foi cobrado. Os signatários do manifesto consideram paliativo o deslocamento de policiais para a cidade. “Estas ações são transitórias, porque uma hora estes policiais retornarão para seus batalhões de origem. Precisamos de medidas definitivas”, solicita o prefeito.
O sistema penitenciário também foi alvo de muitas críticas. O manifesto solicitou a ampliação do sistema com a conclusão da reforma da Casa de Prisão Provisória de Araguaína, que deveria ser entregue em novembro do ano passado, e o aumento no número de celas do presídio Barra da Grota.
Fórum de Segurança
Ficou definido na reunião que será criado, em caráter permanente, o Fórum de Segurança de Araguaína, composto pelos representantes dos órgãos de segurança pública, entidades de classe, comunidade, poder municipal e demais convidados. O objetivo é propor medidas para prevenir e resguardar a segurança da população araguainense. “Mesmo com a diminuição dos índices de violência, é preciso ficar vigilante sobre o assunto o tempo todo. Não podemos deixar a cidade refém de qualquer tipo de violência”, conclui Ronaldo.
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