Em notas, Sinpol e Sindepol tomam posições antagônicas sobre crise na polícia

Notas foram encaminhadas à imprensa nesta quinta-feira, 21

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Em notas encaminhadas à imprensa na manhã desta quinta-feira, 21, o Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins (Sinpol-TO) e o Sindicato dos Delegados de Polícia do Tocantins (Sindepol-TO) se posicionaram à cerca das acusações feitas contra o delegado Guilherme Rocha. Em coletiva de imprensa realizada na tarde de ontem, 20, Rocha foi acusado de supostamente ter tentado, em 2016, forjar um flagrante de uso da máquina administrativa com a distribuição de cestas básicas, na gestão Carlos Amastha, para fins eleitorais.

 

Na oportunidade, o Sinpol reiterou a fé na inocência de seus filiados, que são alvo da Operação Caninana.  "Recebemos com surpresa a constatação de que a aparelhagem política de outrora operou para descredibilizar, diante da opinião pública, colegas responsáveis tão somente por um desempenho impecável no exercício de suas funções, responsáveis também por quase 100% do trabalho relativo a apreensões de drogas e prisões por tráfico de drogas no Tocantins, policiais que se tornaram, por sua intensa atividade, testemunhas de crimes de corrupção e improbidade administrativa", pontuou o Sindicato. 

 

O Sinpol ainda complementou que repudia a tentativa criminosa de induzir ao erro a opinião pública. "E clama pela aplicação célere da justiça sobre a vida de cada um dos policiais que, lamentavelmente, se tornaram bodes expiatórios de um grande conchavo político.  Não recuaremos de defender nossos filiados, monitorar esse processo e trabalhar pela liberdade de cada injustiçado", concluiu. 

 

Já o Sindepol repudiou as ilações apresentadas durante a coletiva de imprensa. "Importante ressaltar, ainda, que o Delegado Guilherme Rocha atuou em diversos procedimentos de combate a corrupção, sendo, em razão disso, vítima de uma das maiores perseguições políticas já constatadas na história do Tocantins, conforme se observa em inquérito recente da Polícia Federal", observa o Sindicato. 

 

Em nota, o Sindepol afirma que buscará os órgãos competentes visando uma ampla investigação, com o fim de estabelecer a verdade em cada caso, bem como apurar responsabilidades por eventuais denúncias infundadas e práticas ilícitas. "Assim, esta Entidade Sindical reafirma seu compromisso com a transparência e legalidade e não se quedará inerte ante as supostas tentativas de intimidação e exposição dos integrantes da carreira de Delegado de Polícia Civil", finalizou. 

 

Confira as notas na íntegra: 

 

SINPOL-TO SE POSICIONA SOBRE ÀUDIO QUE DEPÕE SOBRE POLICIAIS INVESTIGADOS 


Diante da prova apresentada pelo advogado de defesa, dr. Antônio Ianowich Filho, o SINPOL-TO reitera a fé na inocência de seus filiados que são alvo da operação CANINANA.  Recebemos com surpresa a constatação de que a aparelhagem política de outrora operou para descredibilizar, diante da opinião pública, colegas responsáveis tão somente por um desempenho impecável no exercício de suas funções, responsáveis também por quase 100% do trabalho relativo a apreensões de drogas e prisões por tráfico de drogas no Tocantins, policiais que se tornaram, por sua intensa atividade, testemunhas de crimes de corrupção e improbidade administrativa. 

 

Nosso corpo jurídico segue atuando junto ao advogado de defesa para prestar todo o apoio aos investigados diante do conhecimento dos fatos em questão.  As demais informações seguem em segredo de Justiça. Serão apresentadas as provas obtidas pela defesa às autoridades competentes para elucidar fato por fato.

 

 O SINPOL-TO repudia a tentativa criminosa de induzir ao erro a opinião pública e o Ministério do Público do Tocantins e clama pela aplicação célere da justiça sobre a vida de cada um dos policiais que, lamentavelmente, se tornaram bodes expiatórios de um grande conchavo político.  Não recuaremos de defender nossos filiados, monitorar esse processo e trabalhar pela liberdade de cada injustiçado. 

 

Suzi Francisca 

SINPOL-TO

 

NOTA DE REPÚDIO

 

O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado do Tocantins (Sindepol/TO) vem a público manifestar repúdio às ilações apresentadas pelo Advogado Antonio Ianowich e o senhor Carlos Amastha, os quais, em coletivas de imprensa, atacaram o Delegado de Polícia Guilherme Rocha, por uma suposta cogitação de flagrante forjado contra o ex-prefeito de Palmas-TO, bem como outros Delegados de Polícia, não identificados, por eventuais ações ilícitas.

 

Inicialmente, verifica-se que o áudio exposto pelo advogado, além de não ter qualquer relação com a denominada Operação Caninana da Polícia Federal, na qual ele representa alguns policiais civis, não tem a comprovação oficial de integridade e de correspondência com qualquer caso concreto.

 

Além disso, é de conhecimento público que o advogado Antonio Ianowich responde a inquéritos policiais instaurados pela DRACMA/DECOR, sendo condenado, em primeira instância, por corrupção em ação penal decorrente justamente de investigações presididas pelo Delegado Guilherme Rocha, o que invariavelmente demonstra que suas acusações, completamente fora de contexto, são resultado de retaliações de cunho meramente pessoal.

 

Importante ressaltar, ainda, que o Delegado Guilherme Rocha atuou em diversos procedimentos de combate a corrupção, sendo, em razão disso, vítima de uma das maiores perseguições políticas já constatadas na história do Tocantins, conforme se observa em inquérito recente da Polícia Federal.

 

Destarte, a tentativa de investigados de atacar o Delegado de Polícia com o intuito de fragilizá-lo e colocá-lo sob suspeita, a fim de semear eventuais nulidades, é prática antiga, mormente quando não possuem argumentos e provas plausíveis aptas a afastarem suas responsabilidades criminais.


No tocante as acusações genéricas a outros Delegados de Polícia, não especificados nas coletivas de imprensa, baseadas em supostas gravações ambientais clandestinas, o Sindepol-TO buscará os órgãos competentes visando uma ampla investigação com o fim de estabelecer a verdade em cada caso, bem como apurar responsabilidades por eventuais denúncias infundadas e práticas ilícitas.

 

Assim, esta Entidade Sindical reafirma seu compromisso com a transparência e legalidade e não se quedará inerte ante as supostas tentativas de intimidação e exposição dos integrantes da carreira de Delegado de Polícia Civil.


Palmas-TO, 20 de julho de 2022.
 
Bruno Azevedo
Presidente do Sindepol

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