Em Pindorama e Combinado secretários apontam dificuldade para manter Hospitais

Municípios têm recursos insuficiente para manter hospitais funcionando, apontam gestores municipais de saúde. "Estamos vivendo uma crise, pressionados pela comunidade", diz Mário Martins, de Pindorama

 

Uma verdadeira crise. É assim que o secretário de Saúde de Pindorama, Mário Martins de Araújo Jr. classificou para o Portal T1 Notícias a situação das prefeituras que precisam manter Hospitais de Pequeno Porte no interior do Estado.

“Estamos vivendo uma verdadeira crise, pressionados pela populacao e sem recursos para manter os hospitais”, disse o secretário, que integra o comitê de gestores de saúde do Estado.

Ele aponta o alto custo de manutenção dos HPP’s como o maior problema para as prefeituras. “Aqui em Pindorama nós recebemos do Fundo Nacional de Saúde R$ 120 mil mês. Um hospital como o nosso custa entre R$ 70 e R$ 100 mil por mês. E nós temos que cuidar da atenção básica e da vigilância sanitaria. Com que dinheiro vamos fazer tudo isso?”questiona.

Segundo Mário Martins de Araújo Jr., o repasse do Estado e do governo federal é irrisório. “Recebemos R$ 5 mil de cada por mês”, conta. Ele informa que a situação caótica é a mesma nas cidades de Combinado, Ponte Alta do Bom Jesus, Ponte Alta do Tocantins, Divinópolis e outras da região.

“Está faltando o apoio dos governos do Estado e federal. Os municípios não dão conta desta obrigação, com o que nós recebemos”, desabafa. Em Pindorama o medico que atende o programa Saúde da Família recebe R$ 14 mil por 40 horas de trabalho. A cidade precisa de mais um profissional, mas não tem como contratar.

 

Problema se repete

 

Em Combinado, região sudeste do Estado, o secretário de saúde Marlúcio da Silva Ramos, disse em entrevista ao portal T1 Notícias na manhã desta terça-feira, 13, que apenas o custo do Hospital de Pequeno Porte (HPP) é de R$100 mil, sem contar as demais unidades de saúde. “O Governo Federal repassa de três em três meses, quando repassa, R$9 mil para a saúde. O médico recebe R$20 mil líquido e tem mais os custos dos medicamentos, enfermagem, laboratório, ambulâncias, alimentação e insumos”, relatou o secretário.

Marilúcio Ramos afirma que o Governo Estadual deveria dar uma contrapartida que nunca foi dada no corrente ano. “O município não dá conta, o que entramos é com 15% do fundo e o Governo Estadual não dá a contrapartida. O dinheiro de junho, julho e agosto, três meses juntos, não dá para pagar nem a folha”, afirmou.

“O povo do interior está morrendo as minguas e o Governo Federal e Estadual sabem disso e não fazem nada”, afirmou Marilúcio Ramos.

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