Durante reunião com 33 líderes sindicais na tarde desta quarta-feira, 14, o secretário da Administração, Lúcio Mascarenhas, afirmou que em função da situação econômica do Estado não tem como cumprir a data base dos servidores em outubro, mês da data base. “Estamos propondo que ela seja estendida para maio de 2013”, informou o secretário.
No encontro com os sindicatos, o secretário abriu as contas do Estado e mostrou as dificuldades do Governo com a arrecadação, bem como a evolução do comprometimento da receita com a folha de pagamento.
Questionado pelo T1 Notícias a respeito da pretensão dos servidores em receber ganho real de 1,2%, já na folha de outubro, Mascarenhas argumentou que a inflação de 2003 a 2011 ficou em 77% e os servidores do Quadro Geral, que foram os que tiveram o menor índice, receberam 85,25% de reajuste neste período. “Mesmo os servidores que receberam o menor índice de reajuste tiveram ganho real”, argumentou o secretário.
Para Lúcio Mascarenhas, a transferência da data-base para maio - como acontece com todas as outras categorias - é vantajosa tanto para o governo quanto para os servidores em função do período eleitoral que pode colocar governo e servidores sob pressão.
Já o secretário da Fazenda, José Jamil Fernandes, alertou que assumir qualquer compromisso de reajuste neste momento é temerário. “Não sabemos como vai se comportar a arrecadação no próximo ano. É mais prudente aguardar o comportamento da economia nos primeiros meses para ver o que é possível fazer”, informou o secretário.
De acordo com José Jamil, somente este ano o Estado deixou de receber em torno de R$ 300 milhões em função da queda no repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE).
Sindicalistas insatisfeitos
Os sindicalistas presentes na reunião se mostraram isatisfeitos com a proposta dos secretários do Governo. Eles marcaram uma reunião para a tarde desta quinta-feira, 25, a partir das 14 horas na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais do Tocantins (Sisepe-TO), onde vão definir uma ação conjunta em relação à proposta.
O presidente do Sisepe, Cleiton Pinheiro, argumentou que o secretário só falou das dificuldades do Governo. “Eu não tenho como aceitar uma proposta destas sem discutir com a categoria”, informou.
Uma nova reunião está marcada para a próxima quarta-feira, 31, quando os sindicalistas e governo tentarão um entendimento a respeito da data-base.
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