Empresário diz que fez mutirão e admite que prazo para obra foi "fora do comum"

De acordo com representante da empresa, a Colam Construções e Serviços Ltda iniciou a obra imediatamente após a licitação ser homologada e disse que foi rápido como deveriam ser todas as obras

O empresário Luís Alberto Morais de  Lima disse em entrevista ao T1 Notícias nesta quinta-feira, 23, que o processo de contratação na modalidade convite para a empresa Colam Construções e Serviços Ltda fazer a reforma do Palacinho cumpriu todas as etapas legais legal. Conforme Lima, o tempo da obra foi “realmente fora do comum” pelo interesse do Governo do Estado em fazer a reabertura do Palacinho no dia do aniversário de Palmas.

Lima frisou que a empresa iniciou a obra imediatamente, após o processo de contratação ter sido finalizado. “Foi um processo realmente fora do comum dado o interesse do governo em aprontar pelo menos a primeira parte da obra. Foi célere, foi rápido como deveriam ser todas as obras”, justificou Lima. A licitação teve as cartas convite abertas na manhã de sexta-feira, 17, o resultado foi homologado, o contrato assinado e a Ordem de Serviço emitida no decorrer da tarde de sexta-feira. Só restaram o sábado e o domingo para a reforma. Mesmo assim, garante o empresário, ela foi feita (sic).

Segundo Lima, a obra iniciou no dia 17 de maio logo após ser finalizado o procedimento de contratação da empresa. Ele afirmou que uma média de 30 a 35 pessoas trabalharam na obra. “Trabalhamos os dias 17, 18, 19 e 20 bem cedo. Terminamos os trabalhos logo antes do governador chegar”, declarou Lima.

"O interesse político é assim. O governo é assim, governo é interesse, quando tem interesse político as coisas andam. Não estou entendo esta coisa toda. Não sei o que está acontecendo. Não estou entendo essa dúvida toda de vocês”, frisou Lima.

Engenheiro contradiz

Por telefone, o responsável técnico pela obra, engenheiro Juliano Afonso Rodovalho, disse que a empresa ainda não tinha começado a obra. Questionado como a Seduc havia entregue a reforma, Rodovalho não soube informar. A ligação caiu e o T1 tentou novamente falar com Rodovalho, mas as ligações foram encaminhadas para a caixa de mensagem.

Mais tarde, Rodovalho retornou a ligação para o T1 e retificou o que havia informado. De acordo com ele, a empresa havia começado a obra na semana passada, mas como ele tem muitas obras ainda não sabia disso.

Questionando

Lima apontou que a obra de reforma não precisava de um canteiro ou de máquinas pesadas e que era mão de obra básica. “O término da obra para completar vai continuar como eu te falei", disse.

Confira o que já foi publicado sobre o assunto:

Colam retirou ART depois da obra entregue: CREA estranha procedimento da empresa

Em nota secretaria afirma que seguiu dispositivos da Lei 8666 para fazer reforma

Seduc abre propostas, homologa e dá ordem de serviço três dias antes de entrega

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