A defesa da Justiça do Trabalho foi tema de um ato nesta segunda-feira, 21, em frente ao Fórum Trabalhista de Palmas. A manifestação recebeu apoio de diversas entidades presentes, entre elas, a OAB Tocantins, a Federação dos Sindicatos de Servidores Públicos no Estado do Tocantins, magistrados, servidores, advogados, membros do Ministério Público do Trabalho e integrantes da sociedade civil.
Atos semelhantes estão acontecendo em todo o país, mobilizados pela Associação Brasileira de Advogados trabalhistas (ABRAT), contra a extinção da Justiça do Trabalho. “É importante que a população se informe e se manifeste contra a extinção da Justiça do Trabalho, sistema essencial a garantia da defesa dos direitos do cidadão” defendeu Leonardo Maciel, presidente da Associação Tocantinense de Advogados Trabalhistas.
Presente no ato, o presidente da OAB Tocantins, Gedeon Pitaluga, que esteve acompanhado pela vice Janay Garcia, além dos conselheiros estaduais Robson Macedo e Guilherme Trindade, enfatizou que o movimento contra a advocacia trabalhista é encarado pela Ordem como um movimento contra o próprio Sistema Judicial, que tem a OAB como instituição integrante. “Estamos aqui para demonstrar o apoio em defesa da Justiça do Trabalho, sem influência de ideologias políticas e partidárias, com independência e unidade” disse Pitaluga.
Para o presidente da Fesserto, Carlos Augusto Melo de Oliveira (Carlão), o possível fim da Justiça do Trabalho configura mais um golpe contra o trabalhador. “Hoje, mais do que nunca precisamos de unidade, precisamos nos unir e com voz uníssona de todas as categorias de trabalhadores, o que, lamentavelmente, não ocorreu quando a reforma trabalhista e a terceirização ocorreram de forma cruel e antidemocrática”, concluiu o líder sindical.
Segundo destacou o representante do Ministério Público do Trabalho, Paulo César de Carvalho, a Justiça do Trabalho existe em diversos países desenvolvidos e cumpre o papel importante de garantir os direitos dos trabalhadores. “Não podemos admitir esse retrocesso em relação aos direitos fundamentais, que seria inevitável em caso de extinção da justiça do trabalho”.
A data escolhida para a realização dos atos estaduais unificados marca o início do ano judiciário para a Justiça do Trabalho em todo o país.
Comentários (0)