Equipes de UTIs em Palmas destacam importância do tratamento humanizado ao paciente

Nas Unidades de Terapia Intensiva da Intensicare, em Palmas, equipes e pacientes celebram o Dia do Enfermo com mensagens destacando a importância de cuidar do próximo com amor e dedicação

Equipe destaca mensagens em alusão ao dia do enfermo
Descrição: Equipe destaca mensagens em alusão ao dia do enfermo Crédito: Divulgação

O Dia Mundial do Enfermo é comemorado anualmente em 11 de fevereiro. A data leva à reflexão sobre os cuidados com os pacientes e o valor do tratamento humanizado não só a quem está doente, mas também para toda a família da pessoa internada. Nas Unidades de Terapia Intensiva da Intensicare, em Palmas, equipes e pacientes celebram a data com mensagens destacando a importância de cuidar do próximo com amor e dedicação.

 

Para o intensivista e coordenador médico da UTI Pediátrica da Intensicare no IOP, José Maria Sinimbu de Lima Filho, o paciente é o centro do trabalho de toda a equipe na UTI. “Tudo que fazemos é em prol da melhora do paciente e dentro da UTI trabalhamos com um tipo de enfermo especial, que é o criticamente doente, que está com sua vida em risco, que chega até nós bastante doente. O cuidado que temos, os esforços para que ele melhore, envolve uma luta muito grande na UTI, não só da equipe médica, mas da equipe multidisciplinar como um todo. Acredito que a doação de todos os profissionais para a melhora daquele paciente que está em um estado crítico contribui diretamente para o sucesso desse trabalho”, afirma.

 

O médico ressalta que os cuidados vão muito além dos remédios e tratamentos clínicos. “Além disso nós nos envolvemos com as famílias, damos apoio emocional ao paciente, encorajando ele a enfrentar aquele momento difícil. Para um paciente que precisa passar por uma UTI, fica uma experiência que transforma a vida dele. Ele sai valorizando muito mais o que tem, a equipe que lutou com ele aquela batalha, a família que esteve ao lado. Cuidar de alguém na UTI é algo emocionalmente intensivo, envolve muita cumplicidade, investimento de energia, a gente ora pelo paciente, vamos para casa pensando nele, acolhemos a família dele. Quando um doente se torna crítico toda a família adoece junto, então precisamos ofertar esse suporte emocional à família, passando confiança e esperança que aquele momento será superado”, pontua José Maria.

 

Parte da família

 

Vitória Pereira da Costa, coordenadora de Enfermagem da Intensicare nas UTIs Adulto e Neonatal do IOP, garante que o paciente se torna mais que uma pessoa necessitando de cuidados e passa a fazer parte da família para toda a equipe, mesmo que a internação seja curta. “Nas nossas UTIs nós temos o paciente em primeiro lugar. Tudo que fazemos é pensando em prol do bem do paciente, da melhoria, ofertando o melhor tratamento possível para que ele possa deixar a UTI e retomar sua vida. Além da medicina de qualidade nós também levamos o nosso carinho, amor, e muitas vezes isso faz a diferença, faz com que o paciente melhore mais rápido, e nos aproxima, nos une, nos torna família. O dia do enfermo é uma data para pensarmos que todos podemos estar na condição de pacientes um dia e que devemos sempre melhorar nesta missão de levar saúde a quem precisa”, reflete.     

 

O atendimento na UTI é feito diariamente por uma equipe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, farmacêuticos e técnicos em enfermagem, entre outros profissionais.

 

Conforme Ana Clésia Rodrigues Silva, técnica de enfermagem que trabalha em UTI há seis anos, ajudar a salvar vidas é trabalho mais gratificante que ela poderia ter escolhido. “Desde pequena eu escolhi essa profissão. É gratificante vivenciar a experiência de cuidar de uma pessoa que às vezes chega à UTI sem falar, dependendo de ventilação mecânica, que precisa de todos os recursos disponíveis, salvar aquele enfermo que você não conhece. Você acaba conhecendo a família e eles se tornam sua família também. É maravilhoso cuidar de uma pessoa e ver ela indo para casa bem, com a família, feliz. Para mim e para toda a equipe é muito gratificante. E para atuar numa UTI a equipe tem que ser diferenciada. Cuidamos de pacientes graves, de alto risco, então é preciso vocação. Todos os profissionais estão ali com um único objetivo: garantir a vida e a saúde do paciente”, conta.

 

A fisioterapeuta Myrella Avelino Borba também destaca que cuidar do paciente é aprender todos os dias. Ela destaca ainda os laços de amizade firmados com os enfermos e suas famílias. “Como fisioterapeuta é muito importante ver um paciente conseguir sentar em uma cadeira, caminhar, falar ou até levantar um braço, o que para muitos já é uma vitória. É gratificante ver o sorriso de um paciente após uma sessão de fisioterapia, receber a gratidão da pessoa que estamos cuidando. Durante o tratamento desenvolvemos laços com nossos pacientes. Eles desabafam conosco, confidenciam e nos ensinam todos os dias, nos mostram sempre que devemos valorizar a vida, a nossa saúde, as coisas simples que temos e muitas vezes não apreciamos. Mesmo que o paciente fique apenas um dia conosco na UTI nós acabamos desenvolvendo laços de amizade”, revela.

 

Dias de paciente

 

A paciente Adna Moreira de Oliveira Santos, de 38 anos, é enfermeira há 15 anos e está há 6 dias internada na UTI do IOP, em decorrência de uma doença rara. Ela conta como é vivenciar a experiência de estar do outro lado do leito. “Estar internada na UTI como paciente é um outro lado da moeda. De repente eu deixo de cuidar das pessoas e passo a ser cuidada. Às vezes, o fato de ter essa experiência profissional gera em mim uma certa impaciência, porque eu quero ir ao banheiro sozinha, quero tomar um banho sozinha, mas não posso. Dentro dessas limitações que enfrento como paciente eu vejo ainda mais a beleza da enfermagem, do cuidar do outro. Não existe cura sem cuidado. Nessa condição de paciente eu pude ver mais ainda a beleza da profissão, sendo cuidada e tendo toda a minha vida administrada por esses anjos. Ver toda essa equipe que me ampara faz eu me sentir o centro da UTI. É cuidado 24 horas e eu percebo isso não só comigo, mas com todos os outros pacientes ao redor. Me sinto profundamente agradecida”, diz.

 

Dia do Enfermo

 

A data, de origem religiosa, tem o objetivo de chamar a atenção da sociedade e comunidade mundial por melhores condições de tratamento e atenção às pessoas doentes, seja nos hospitais, postos de saúde ou mesmo em casa. O Dia Mundial do Enfermo foi criado em 11 de fevereiro de 1992, por iniciativa do Papa João Paulo II.

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