Uma espécie de armadilha para combate ao mosquito transmissor de zika, dengue, chikungunya e febre amarela. Assim funcionam as Estações disseminadoras de larvicida, uma estratégia que tem como objetivo reduzir de forma representativa a população de mosquitos e que começa a ser implantada no Tocantins pela Secretaria de Estado da Saúde em parceria com o Ministério da Saúde, Fiocruz de Manaus.
Porto Nacional será a cidade a receber o projeto piloto. A primeira ação para instalação das estações acontece esta semana com o treinamento de 90 pessoas, entre agentes de endemias e demais profissionais de saúde.
A diretora estadual de Vigilância das Doenças Vetoriais e Zoonoses, Mary Ruth Batista Glória, explica que a ideia implica em atrair mosquitos para estações de disseminação impregnadas com partículas de um potente larvicida, chamado pyriproxyfen (PPF), que aderem ao corpo do inseto e, assim, são transferidas para outros locais de reprodução posteriormente visitados.
“Essa é uma alternativa promissora que se baseia na estratégia da capacidade inata dos mosquitos fêmeas em encontrar e chegar aos locais de reprodução adequados. Assim, as larvas são eliminadas até mesmo em focos não identificados pela população e pelos agentes de combate às endemias, ou seja, a metodologia propõe que os próprios insetos podem tratar esses criadouros e indicar quais localidades aparecem mosquitos”.
O treinamento dos agentes de endemias será concluído nesta quarta-feira, 24. Na quinta-feira, 25, a equipe se dedicará ás montagens dos kits de campo. A ação de implantação será concluída na sexta-feira, 27, com a instalação das disseminadoras nas unidades domiciliares pela equipe de campo.
Pesquisa
Porto Nacional foi escolhido como o primeiro município a receber a as estações, pois, está localizada às margens do lago formado em decorrência da construção da Usina Hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães de Lajeado.
A cidade, considerada polo regional de acesso a algumas regiões do Estado e do País, foi diretamente impactada com a formação do reservatório, apresentando alterações físicas e ecológicas que contribuem para a modificação das populações de espécies vetoriais de interesse médico-sanitária.
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