Estado anuncia 600 bolsas de iniciação científica da Fundação de Amparo à Pesquisa

Cada bolsista receberá R$ 700 por um período de 12 meses; tratativa para prorrogar a iniciativa foi feira durante a Agrotins 2024

Crédito: Najara Barros/Governo do Tocantins

600 bolsas serão repassadas diretamente aos beneficiários do Programa de Bolsas de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (Pibic/Fapt). O anúncio foi dado pelo Governo do Estado nesta segunda-feira, 9, que informou ainda um investimento total de R$ 5 milhões para essa nova etapa da iniciativa. Ainda de acordo com o Executivo, os pesquisadores receberão R$ 700 por um período de 12 meses. 

 

A tratativa para a prorrogação do programa foi iniciada durante a 24ª edição da Feira de Tecnologia Agropecuária do Estado (Agrotins 2024) e, após avaliação técnica e financeira, o Governo do Tocantins, por meio da Fundação, validou a continuidade do Pibic/Fapt por entender que é um passo significativo para o fortalecimento da pesquisa no Estado.

 

O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, enfatizou a importância do incentivo à iniciação científica como uma forma de promover o desenvolvimento socioeconômico e a inovação no Estado. "Com esse aporte de R$ 5 milhões no Programa de Iniciação Científica, estamos reforçando nosso compromisso com a ciência e a inovação. Esse investimento é essencial para transformar o Tocantins em um polo de desenvolvimento, capacitando nossos jovens talentos, investindo no material humano e acelerando o progresso do nosso Estado", destacou.

 

A presidente da Fapt, Maria Eulessandra Castilho, reforçou que o apoio é fundamental para o desenvolvimento de pesquisas nas instituições e para o fortalecimento do cenário científico regional. "O programa tem se mostrado um aliado importante na permanência dos acadêmicos com a redução da evasão no Ensino Superior, ao oferecer oportunidades valiosas de aprendizado e desenvolvimento profissional. Os impactos positivos esperados incluem o fortalecimento da base científica local, a promoção de uma cultura de pesquisa mais robusta e o fomento ao desenvolvimento de novas soluções para desafios regionais,” frisou a gestora.

 

O Programa, por meio de um Acordo de Cooperação, fomentará a pesquisa em instituições científicas, tecnológicas e de inovação (ICT&I) do Estado do Tocantins. São contempladas oito importantes instituições: Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Universidade de Gurupi (UnirG), Universidade Federal do Tocantins (UFT), Instituto Federal do Tocantins (IFTO), Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), UniCatólica e Centro Universitário de Palmas (Unitop).

 

Iniciação científica

A pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação do Instituto Federal Tocantins (IFTO), Paula Carina Mourinho, destacou o compromisso que o Estado tem com o desenvolvimento dos estudantes e com o desenvolvimento da pesquisa como impulsionador da formação e da capacitação e desenvolvimento de pessoas. "Nós ficamos muito animados, muito encorajados a seguir em frente, a continuar lutando, desenvolvendo e fazendo ciência, porque a gente acredita que é assim que a gente vai transformar a realidade das pessoas e transformar por consequência a realidade de Estado, sendo promotores e auxiliando no desenvolvimento. A gente já vê isso nos nossos indicadores internos, estudantes com melhores desempenhos, estudantes que não evadem, estudantes que se engajam e fortalecem a sua relação institucional e o seu sentido de pertencimento”, disse.

 

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), professora Kênia Ferreira Rodrigues, explicou que com o financiamento muitos jovens estudantes de diferentes áreas de conhecimento da UFNT conseguem ter apoio financeiro na condução de pesquisas tanto na graduação como na pós-graduação. “A Fapt permite que a gente tenha 75 graduandos, alunos dos nossos 18 cursos de graduação, atuando em diferentes frentes na condição da pesquisa. Essa é a primeira oportunidade que o aluno tem de ter contato com o mundo da experimentação, atuando no desenvolvimento de hipóteses, ajudando a inovar o conhecimento. Isso pode levar esse aluno a se apaixonar pela área da pesquisa, a querer ser um cientista e continuar nos nossos programas de pós-graduação a sua formação de mestrado e doutorado”.

 

Impacto na não evasão do Ensino Superior

Com o suporte financeiro e acadêmico proporcionado pelas bolsas, os estudantes têm a chance de se envolver em projetos de pesquisa, ampliar seus conhecimentos e contribuir para avanços significativos em suas áreas de estudo.

A bolsista Pibic/Fapt e estudante do curso de Sistemas de Informações do Instituto Federal do Tocantins Campus Paraíso (IFTO), Catarina Soares de Castro, destacou que a experiência como bolsista é transformadora. "Participar do projeto me deu uma motivação ainda maior, além de fortalecer meu compromisso com o curso, com a pesquisa e com meus objetivos dentro do projeto. A continuidade desse programa é fundamental para que mais alunos e alunas possam se manter engajados, motivados e, acima de tudo, bem-sucedidos na vida acadêmica e profissional”, pontuou

 

Acadêmica de Zootecnia pela Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), a bolsista Pibic/Fapt, Maria Eduarda Silva Souza, contou como a bolsa contribui para a permanência na pesquisa. “A bolsa é muito importante para o desenvolvimento da pesquisa como um todo, pois ela é uma ajuda significativa com os nossos custos, os nossos gastos durante o período de pesquisa e também ela atua como um grande incentivo para nós acadêmicos, entrarmos mais nesse mundo da ciência, no mundo da pesquisa”, comentou.

 

A estudante de agronomia do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), Campus Lagoa da Confusão e bolsista Pibic/Fapt, Patrícia Ferreira Putencio, relatou que o projeto permite que os alunos vivenciem a ciência/pesquisa na prática acompanhando todo processo de um experimento. “O programa é de extrema importância para a graduação, pois além de estar aproximando os alunos às atividades de campo, faz com que o aluno desperte maior interesse pela área de pesquisa, além de adquirir outros conhecimentos”, expressou. 

 

 

 

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