Estado anuncia força-tarefa com 650 soldados após registrar 11 mil focos de incêndio

Os dados dão conta que os municípios de Lagoa da Confusão, Formoso do Araguaia, Paranã e Pium lideram os focos de calor no Estado.

Carlesse apresentou um diagnóstico dos incêndios florestais no Estado
Descrição: Carlesse apresentou um diagnóstico dos incêndios florestais no Estado Crédito: Washington Luiz/Governo do Tocantins

Foram apresentados, na tarde desta terça-feira, 24, na sala de reuniões do Palácio Araguaia, um diagnóstico dos incêndios florestais no Estado e as estratégias da força-tarefa para combate os focos. Os dados dão conta que os municípios de Lagoa da Confusão, Formoso do Araguaia, Paranã e Pium lideram os focos de calor no Estado que se concentram nas terras indígenas, unidades de conservação e às margens das rodovias.

Em números, o Tocantins registrou, entre 1º de janeiro de 2019 a 23 de setembro de 2019, 11124 focos de calor, ficando em terceiro em nível Nacional, atrás do Mato Grosso, que registrou mais de 26 mil focos e Pará com 16 mil.

 

Veja a seguir os dados de focos de incêndio nos municípios mais afetados no Estado:

 

Força-tarefa

 

As equipes da Marinha e do Exército, a partir desta semana, passam a reforçar a força-tarefa do Governo do Estado para combater os incêndios por solicitação do governador Mauro Carlesse ao Governo Federal, de acordo com a Garantia da Lei e da Ordem (GLO). A GLO é uma operação prevista na Constituição Federal realizada exclusivamente por ordem do presidente da República, da qual autoriza o uso das Forças Armadas.

 

Conforme foi anunciado, o Exército vai disponibilizar 650 soldados para auxiliar e a Marinha vai apoiar as ações com amparo logístico e uma aeronave com capacidade para transportar 14 brigadistas para locais de difícil acesso. “Hoje essa aeronave já fez uma missão de reconhecimento juntamente com os bombeiros, Exército e Defesa Civil para visualizar os principais focos para elaborarmos uma estratégia de como agir nos próximos dias”, explicou Marcos César Pires Gomes, capitão dos Portos da Capitania Fluvial do Araguaia-Tocantins.

 

Já a Força-Tarefa no Estado conta com 320 bombeiros, além de brigadistas. No Parque Nacional do Araguaia estão sendo empregados 65 homens no combate aos incêndios e na Serra do Lajeado, mais 25 homens.

 

Além das ações de combate aos focos de incêndios no Estado, o Exército já se comprometeu a realizar ações de cunho educativo no Estado.

 

Parque Nacional do Araguaia

 

O Parque Nacional do Araguaia vem sendo alvo de ações do Ministério Público Federal após o registro de incêndios de grandes proporções na região. “A área vem queimando há mais de 30 dias, sem uma ação eficaz do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)”, apontou o MPF. Na coletiva, foram apresentados os números atuais de focos no Parque, que passam dos 300, e o anúncio de que a força-tarefa atuará por lá.

 

 

 

 

Consciência Ambiental

 

Essa iniciativa faz parte das ações que devem se intensificar no Estado a pedido do governador Mauro Carlesse (DEM) para promover a conscientização da população para a necessidade de evitar as queimadas, promover a educação e a consciência ambiental no seio da população. “O Exército vai trazer para o Tocantins um seminário de educador ambiental, já está acertado com o Governador. Durante quatro dias, técnicos vão preparar educadores e multiplicadores e promover diversas ações para ampliar o conceito de meio ambiente e a maneira de encarar essa questão”, comentou o comandante da 3ª Brigada de Infantaria Motorizada, Marcos Aurélio Almeida Rosa.

 

O governador Mauro Carlesse disse que, as ações baseadas na Garantia da Lei e da Ordem que contam com o apoio das Forças de Segurança, não têm data para encerrar e explicou que esse é o início de um trabalho que já prevê as ações para o próximo ano. Ele também lembrou que já está em curso um projeto denominado “Pátria Amada Mirim”, voltado para a educação ambiental de crianças, que deve abranger um universo de 25 mil crianças. “O futuro está nas crianças e precisamos educá-las para produzir com qualidade e responsabilidade ambiental”, explicou.

 

 

 

 

 

Comentários (0)