O Governo do Tocantins deu início à implantação do Sistema de Identificação Individual e Rastreabilidade de Bovinos e Bubalinos (Sirbov/TO), durante a 25ª edição da Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins), em Palmas. A iniciativa é coordenada pela Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro), e integra o Plano Nacional de Identificação Individual, desenvolvido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
O objetivo é implementar, até 2032, um sistema nacional obrigatório de rastreabilidade individual de animais. Com o Sirbov, cada bovino ou bubalino será registrado com um código único, o que permitirá o acompanhamento detalhado de todo o ciclo produtivo, desde o nascimento até o abate.
“Estou muito satisfeito com este projeto, que vai facilitar o trabalho dos produtores e fortalecer a nossa pecuária. A nossa gestão está comprometida em apoiar ações que tragam desenvolvimento econômico, respeitando o meio ambiente. A rastreabilidade do rebanho é prioridade e vai abrir novas oportunidades para o Tocantins”, disse o governador Wanderlei Barbosa, ao lançar oficialmente a iniciativa nesta quinta-feira, 15.
De acordo com o presidente da Adapec, Paulo Lima, a proposta representa um avanço no controle sanitário e na gestão do rebanho. “Cada animal é registrado com um código único, o que permite monitorar e documentar seu histórico de manejo sanitário, movimentações e tratamentos de forma detalhada”, explicou.
O Tocantins possui atualmente um rebanho de 11,6 milhões de bovídeos distribuídos em cerca de 71 mil propriedades rurais. Entre os benefícios do novo sistema estão o fortalecimento da vigilância sanitária, maior segurança alimentar, atendimento às exigências de mercados internacionais e melhoria da gestão rural com base em dados técnicos.
Durante o lançamento, o secretário de Agricultura e Pecuária, Jaime Café, informou que está em elaboração uma proposta de R$ 5 milhões para subsidiar a aquisição de brincos de identificação por aproximadamente 20 mil pequenos produtores. “O objetivo é preparar o estado para atender à exigência de rastreamento obrigatório a partir de 2033 e abrir acesso a mercados internacionais mais valorizados”, destacou.
A implementação do Sirbov ocorre em um contexto de fortalecimento da defesa agropecuária no estado, que busca o reconhecimento como zona livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA)
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