Estado institui programa de proteção ao pato-mergulhão com foco na região do Jalapão

Portaria estabelece ações de monitoramento e conservação para salvar uma das aves mais raras do Brasil, com medidas para minimizar impactos turísticos e sensibilizar a população

Crédito: Marcelo Barbosa/Naturatins

O Governo do Tocantins, por meio do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), publicou uma Portaria (Nº 213/2024) que institui o Programa de Monitoramento e Conservação do pato-mergulhão, denominado "Pro PaTO". O programa visa à preservação do pato-mergulhão (Mergus octosetaceus), espécie criticamente ameaçada, com ações concentradas na região do Jalapão, especialmente no Rio Novo, onde a população do animal é mais frequente.

 

A portaria considera diversos fundamentos legais que destacam a necessidade de proteção da espécie em risco. O pato-mergulhão é uma das aves mais raras do Brasil, reconhecida como criticamente em perigo pela Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção. 

 

O Pro PaTO é coordenado pela Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Naturatins e envolve ações de longo prazo para monitoramento, manejo e preservação do habitat do pato-mergulhão. Entre as iniciativas, estão o monitoramento de atividades de rafting no Rio Novo para minimizar impactos durante o período reprodutivo da espécie, além de censos periódicos para avaliar a dinâmica populacional. O programa também inclui expedições para identificar possíveis novas áreas de ocorrência e estudos científicos sobre os aspectos ecológicos do pato-mergulhão.

 

Outra frente de atuação envolve a conscientização ambiental e a sensibilização da comunidade local e dos visitantes sobre a importância da preservação do pato-mergulhão. Estão previstas campanhas educativas e de orientação voltadas para empreendimentos turísticos e proprietários de terras na região, com o objetivo de fomentar práticas sustentáveis que contribuam para a proteção da espécie. O programa também buscará parcerias com instituições de pesquisa, organizações da sociedade civil e outras esferas governamentais.

Comentários (0)