O bebê Davi foi transferido às 23 horas desta quarta-feira, 11, para Minas Gerais. A Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES-TO) informou que o paciente foi deslocado para o Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte (MG), onde deverá ser submetido ao procedimento cirúrgico necessário ao seu quadro clínico. Segundo a pasta, a demora na transferência ocorreu devido à lentidão no retorno de unidades hospitalares públicas e privadas de outros estados ao pedido de Tratamento Fora de Domicílio (TFD).
A SES acrescentou que, enquanto aguardava a definição sobre a transferência, trouxe a Palmas, na terça-feira, 10, o cirurgião cardíaco pediátrico Pabllo Namorato Barros, que atua na equipe do Hospital Municipal de Araguaína (HMA), onde o serviço de cirurgia cardíaca pediátrica é financiado pelo Governo do Estado. O médico avaliou o quadro clínico do bebê e constatou que ele estava estável.
Entenda
O caso ganhou repercussão após decisão liminar da Justiça do Tocantins, proferida no dia 9 de junho pela juíza Silvana Maria Parfieniuk, determinando que o Estado transferisse em até 24 horas o bebê D.C.R., diagnosticado com cardiopatia congênita grave, para um hospital de referência em outro estado, com estrutura adequada para o procedimento de alta complexidade. A magistrada acolheu o pedido dos pais da criança, destacando o risco iminente de morte e a ausência de estrutura no Tocantins para o tratamento. A liminar obriga o Estado a garantir transporte em UTI aérea, cobertura das despesas com acompanhante e a realização da cirurgia, sob pena de multa diária de R$ 10 mil, limitada a R$ 200 mil.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informou em nota que, ainda no dia 9 de junho, autorizou a transferência do bebê D.C.R. para o Hospital Municipal de Araguaína (HMA), unidade contratada pelo Governo do Tocantins para o atendimento em cirurgia cardíaca pediátrica. No entanto, a família do paciente recusou a transferência para essa unidade. Leia mais aqui.
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