A Secretaria de Estado da Saúde registrou um aumento de 344,5% dos casos notificados de dengue neste início de ano no Tocantins. De acordo com a Gerência de Vigilância Epidemiológica das Arboviroses, em 2018, no Tocantins foram notificados 382 casos de dengue em janeiro, este ano, nos primeiros 19 dias do mês, já foram contabilizados 1.698 casos.
Nos hospitais estaduais foram atendidas 723 pessoas neste período com sintomas relacionados às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. No Hospital Geral de Palmas (HGP) mais de 100 pessoas receberam assistência médica devido à suspeita de dengue (67), chikungunya (17) e Zika (17), número muito próximo dos atendimentos realizados durante todo o ano de 2018, quando foram registrados 190 casos dos três agravos transmitidos pelo Aedes.
Diante deste cenário, a Secretaria alerta que no período de chuvas aumenta o risco de transmissão da chikungunya, dengue e Zika. “Neste contexto, a melhor maneira de prevenir essas doenças é evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti eliminando água armazenada em locais que possam se tornar possíveis criadouros do mosquito, como vasos de plantas, pneus, garrafas retornáveis, calhas etc”, informou o governo.
As doenças transmitidas pelo Aedes se tornaram, nos últimos tempos, um grande problema de saúde pública devido ao número de notificações e alto índice de adoecimento da população. No caso da dengue, sua forma mais complicada é a dengue grave (conhecida popularmente como dengue hemorrágica), a chikungunya pode deixar sequelas por toda a vida de uma pessoa, e a Zika pode trazer complicações neurológicas em casos mais graves.
O biólogo em Saúde, Evesson Farias de Oliveira, explica a maneira mais adequada para evitar complicações quando se fala de dengue. “A forma mais eficaz de evitar o agravamento dos pacientes é o diagnóstico oportuno e o atendimento adequado diante de um caso suspeito. Esta última ação se dá, principalmente, dentro das unidades de saúde. Considerando que a melhor estratégia é o combate imóvel a imóvel, pois as residências respondem por 80% dos focos encontrados, dessa forma, a população acaba sendo a principal responsável pelo enfrentamento ao mosquito.”, afirmou.
Com o aumento dos casos notificados, o governo do Estado está disponibilizando carros fumacê para aplicação do inseticida Ultra Baixo Volume (UBV) pesado, conhecido como fumacê, nas regiões com alto índices da circulação viral nos municípios de Palmas (2 veículos) e Porto Nacional (3 veículos).
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