O ex-auditor fiscal do Trabalho, Humberto Célio Pereira da Silva, denunciado em ação penal do Ministério Público (MPE) por extorquir dinheiro de trabalhadores em Palmas, foi condenado pela Justiça Federal a quase 10 anos de prisão. A decisão é do juiz federal substituto João Paulo Abe e o ex-auditor ainda pode recorrer.
O caso ocorreu em 2014 e o ex-auditor foi demitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego em fevereiro deste ano. Humberto Célio ficou conhecido após se envolver em acidente de lancha no lago de Palmas que decepou a perna da jovem Crislânia de Souza.
Sobre o caso de extorsão, de acordo com a denúncia do MPE, enquanto fiscal do trabalho, Humberto teria se apropriado de R$11 mil para pagar verbas trabalhistas a adolescentes trabalhadores de um restaurante japonês na Capital. Ele também teria cobrado dinheiro desses trabalhadores para agilizar a liberação de verbas trabalhistas e, por fim, teria cobrado do dono do estabelecimento R$ 12 mil com o intuito de pagar aos trabalhadores a quantia anteriormente apropriada.
Em sua defesa, o ex-auditor alegou nos autos que não existiriam provas contra ele. O ex-auditor do Trabalho foi condenado pelo crime de peculato contra os trabalhadores e pelo crime de concussão contra o empresário, dono do estabelecimento. A pena somada é de nove anos e oito meses de reclusão e 195 dias-multa, sendo o dia 1/20 do salário mínimo. A pena privativa de liberdade será cumprida em regime inicial fechado, mas ele poderá responder em liberdade.
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