O ex-deputado estadual e ex-senador do Tocantins, Manoel Alencar Neto, o Nezinho Alencar, foi solto na tarde de ontem, 4, da Cadeia Pública de Guaraí, após ter sido condenado a mais de 27 anos de prisão por abusar sexualmente das duas filhas do ex-vaqueiro de sua fazenda.
O pedido de habeas corpus, formulado pelo advogado de defesa do réu, Ronivam Peixoto, foi aceito pelo desembargador José Moura Filho, do Tribunal de Justiça do Tocantins e, com isso, o ex-senador vai aguardar ao julgamento do recurso em liberdade.
Em entrevista ao T1 Notícias ontem o advogado do réu afirmou ao que a prisão de Nezinho era “absurda”. “Entendemos que a prisão foi absurda, pois além do juiz não ter valorado as provas da defesa, ele adotou apenas um viés para a condenação, ou seja, considerou apenas a palavra dos pais das crianças. Ele não levou em consideração a condição dele, que é idoso e está com problemas de saúde. Também não levou em consideração os pais terem armado a situação. Por isso nós apelamos”, argumentou Ronivam Peixoto.
Nezinho Alencar foi condenado a 27 anos e nove meses de reclusão e a cinco anos de detenção pela prática de atos libidinosos contra duas meninas, que contavam com seis anos e nove anos de idade na época dos fatos. O réu também teve prisão preventiva decretada pela Justiça. A sentença foi proferida pelo juiz Fábio Costa Gonzaga, da Comarca de Guaraí, no último dia 21 e o caso vem sendo acompanhado pela 1ª Promotoria de Justiça de Guaraí.
A condenação foi baseada em registros de vídeo e nos depoimentos das duas vítimas, dos seus pais e de seu irmão, que tinha 11 anos na época dos acontecimentos. Segundo os testemunhos, os crimes contra as crianças repetiram-se sucessivas vezes, entre os meses de dezembro de 2015 e janeiro de 2016, sendo praticados com maior frequência contra a menina mais nova.
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