A defesa do ex-deputado estadual e ex-suplente de senador Nezinho Alencar recorreu à Justiça contra a sentença de condenação de 27 anos e 9 meses de reclusão e entrou com pedido de habeas corpus, no Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ), nesta semana, para que ele recorra da sentença em liberdade. Além da reclusão, Nezinho também foi condenado a cinco anos de detenção pela prática de atos libidinosos contra duas crianças, filhas do caseiro que trabalhava em sua chácara.
O advogado de defesa do réu, Ronivam Peixoto, afirmou ao T1 Notícias na manhã desta sexta-feira, 4, que a prisão de Nezinho é “absurda”. “Entendemos que a prisão foi absurda, pois além do juiz não ter valorado as provas da defesa, ele adotou apenas um viés para a condenação, ou seja, considerou apenas a palavra dos pais das crianças. Ele não levou em consideração a condição dele, que é idoso e está com problemas de saúde. Também não levou em consideração os pais terem armado a situação. Por isso nós apelamos”, argumentou o advogado.
Peixoto acrescentou que “Nezinho acompanhou todo o processo sem causar nenhum problema para o andamento do feito, tem residência fixa, profissão definida, propriedades no distrito da culpa. Esperamos sinceramente que o Tribunal possa apreciar o Habeas Corpus e reanalisar o processo”. O advogado também informou que Nezinho está com sérios problemas de saúde. "Eles tem graves problemas de saúde que podem estourar a qualquer momento. Ele tem problemas físicos e está com depressão", disse em entrevista.
Entenda
O ex-deputado estadual e ex-suplente de senador Manoel Alencar Neto, Nezinho Alencar, foi condenado a 27 anos e nove meses de reclusão e a cinco anos de detenção pela prática de atos libidinosos contra duas meninas, que contavam com seis anos e nove anos de idade na época dos fatos. O réu também teve prisão preventiva decretada pela Justiça. A sentença foi proferida pelo juiz Fábio Costa Gonzaga, da Comarca de Guaraí, no último dia 21 e o caso vem sendo acompanhado pela 1ª Promotoria de Justiça de Guaraí.
Manoel Alencar Neto está preso na Casa de Prisão Provisória de Guaraí. A condenação foi baseada em registros de vídeo e nos depoimentos das duas vítimas, dos seus pais e de seu irmão, que tinha 11 anos na época dos acontecimentos. Segundo os testemunhos, os crimes contra as crianças repetiram-se sucessivas vezes, entre os meses de dezembro de 2015 e janeiro de 2016, sendo praticados com maior frequência contra a menina mais nova.
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