Falso ganhador do prêmio de R$ 73 milhões da Mega-Sena se entrega em Araguaína

Mais um envolvido no esquema desarticulado pela Polícia Federal (PF) na Operação Éskhara se entregou. Márcio Xavier de Lima teria sido a pessoa que abriu a conta que recebeu o valor milionário...

Márcio Xavier de Lima
Descrição: Márcio Xavier de Lima Crédito: Programa Rota

O acusado de ser o falso ganhador da Mega-Sena, Márcio Xavier de Lima, se entregou à Polícia Federal nesta terça-feira, 28, na cidade Araguaína. Ele teria sido a pessoa que realizou a abertura da conta está entre os envolvidos no rombo de R$ 73 milhões nos cofres da Caixa Econômica Federal (CEF).

De acordo com informações obtidas junto à Procuradoria da República no Município de Araguaína (PRM), ele se entregou por volta das 10 horas de ontem e logo após foi encaminhado à sede da Polícia Federal (PF) do município.

De acordo com as informações repercutidas pelo Portal AF Notícias, Lima teria usado documentos falsos no nome de Márcio Xavier Gomes de Souza para abrir a conta que recebeu os R$ 73 milhões, em dezembro de 2013. O homem teria recebido R$ 35 mil por participar do esquema e o suplente de deputado pelo PMDB do Maranhão Ernesto Vieira é quem teria apresentado a documentação falsa para abertura da conta bancária.

Lima foi ouvido e após depoimento foi conduzido à Casa de Prisão Provisória de Araguaína (CPPA). No mesmo local já estão detidos o ex-gerente da CEF, Robson Pereira do Nascimento, que fez o repasse milionário para a conta e Vieira.

 

R$ 73 milhões distribuídos

Após a liberação dos R$ 73 milhões para uma conta, o montante foi transferido para várias outras contas. O delegado federal Omar Pepow, em entrevista à Agência Brasil, disse que a PF identificou inicialmente as contas bancárias que mais receberam dinheiro do desvio e agora vai analisaria cerca de 200 contas bancárias. Do total de R$ 73 milhões, cerca de 70% já havia sido recuperado.

De acordo com Pepow, estão sendo investigados os desvios de R$ 4,5 milhões enviados para contas no Ceará e R$ 750 mil enviados para contas na Bahia. Quatro outros supostos envolvidos no golpe milionário continuam foragidos: Talles Henrique de Freitas e os irmãos Alberto Nunes Tugeiro Filho e Paulo André Pinto Tugeiros

 

O caso

A Polícia Federal (PF) deflagrou no último dia 18, a Operação Éskhara, que tem como objetivo desarticular uma organização criminosa acusada de desviar cerca de R$ 73 milhões da Caixa. Denunciada pelo próprio banco estatal, a fraude milionária ocorreu no final de 2013 e é tratada como a maior já sofrida pela instituição.

Segundo a Polícia Federal o ex-gerente-geral da agência da Caixa em Tocantinópolis preso, Robson Pereira do Nascimento, conseguiu transferir um valor milionário para uma conta fantasma. Ela teria sido aberta por Lima.

De acordo com as informações da PF, houve um sorteio da mega-sena que foi acumulado em R$11 milhões, que não teve ganhador. No entanto, o ex-gerente afirmou à polícia que teve acesso ao comprovante da aposta e que por isso teria liberado a quantia, contudo o bilhete nunca foi encontrado pela PF.

 

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