Feccamto reforça demandas da comunidade de terreiro e anuncia festa de Yemanjá

Dirigentes da associação de casas de matriz afro brasileira estiveram na Câmara de Palmas nesta segunda-feira, 22, para levar demandas.

Crédito: Divulgação

Dirigentes de casas de matriz afro brasileira, representados pela associação Feccamto, estiveram reunidos na tarde desta segunda-feira, 22, com o presidente da Câmara Municipal de Palmas, José do Lago Folha Filho, na Casa, para reforçar demandas dos povos de terreiro.

 

Segurança pública garantida em festividades e eventos públicos, instituição de uma semana cultural com temas de axé no calendário cultural da cidade, cumprimento da lei que determina o ensino de história e cultura africana na rede municipal de ensino, entre outros temas foram objeto de pauta e pedido de apoio do legislativo.

 

“Viemos também apresentar o projeto de realização da primeira festa pública em comemoração ao dia de Yemanjá, dia 2 de fevereiro, liderada pelas casas de Candomblé de Palmas, que será no final de fevereiro na Graciosa com a entrega do 1º Presente de Yemanjá”, disse o professor William Vieira, Babalorixá do Ilè Asé Odé, casa que realizará o primeiro presente.

 

Folha recebe comitiva e garante tratamento igualitário

 

O presidente, José do Lago Folha Filho, recebeu a comitiva de dirigentes e assegurou que a Casa dará encaminhamento às solicitações, para que seja assegurado o tratamento igualitário que a Constituição prevê a todos as manifestações culturais e religiosas.

 

“A Câmara tem que ser este espaço de representação de toda a comunidade palmense e estará de portas abertas a todas as expressões de religiosidade do nosso povo”, disse o presidente. 

 

As festividades contarão com os ritos próprios da Casa de Candomblé, com a presença de Ogans de fora tocando a festa, que inicia no sábado, 24 de fevereiro. No domingo, 25, a comunidade de axé celebra juntas o café da manhã na casa que seria a festa e se desloca do Santa Bárbara até a Praia da Graciosa.

 

Procissão com o balaio e tambores

 

“Queremos que os poderes legislativo e executivo reconheçam nossa existência e nos dê tratamento igualitário com relação a outras agremiações religiosas”, disse William de Odé. A audiência foi solicitada por causa do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa.

 

Entre as reivindicações dos povos de matriz africana está a concessão de uma área pública para sediar a Feccamto e ser o ponto de convergência das festividades públicas de axé.

 

A Feccamto nasceu em 2017 como entidade representativa dos povos de terreiro, Candomblé, Umbanda e Terecô da Capital, teve sua natureza jurídica alterada em 2023 e é presidida pela Mãe Carol de Oxum, tendo na vice presidência o Pai Luzivaldo de Omolu, do Taquari.

 

Estiveram presentes o Pai Edmilson, do Cazuá Nossa Senhora da Conceição, com filhos de sua casa, Pai Flávio da Oxum, Mãe Lourdes Soares do Carmo, Pai William de Odé, Babalorixá Nenza de Oyá, o Iyawò Winter de Otí.

 

A Feccamto aguarda agendamento de audiência na prefeitura de Palmas para tratar da mesma pauta no âmbito do Executivo.

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