Festival Todas as Músicas Krahô reúne mestres indígenas em aldeia no norte do estado

Evento promove o registro do acervo oral dos povos Timbira-Krahô/Apinajé e oficinas para jovens

Crédito: Divulgação/Emerson Silva

Entre os dias 3 e 6 de julho, a Aldeia Areia Branca, localizada na Terra Indígena Kraolândia (TO), recebe o Festival Todas as Músicas Krahô – Encontro de Mestres Cantores e Cantoras. A iniciativa reúne 50 mestres de canto, recitadores e instrumentistas de 12 aldeias, com o propósito de preservar, registrar e celebrar o rico acervo musical oral dos povos Timbira-Krahô/Apinajé, fortalecendo a memória ancestral e os saberes tradicionais.

 

As performances serão gravadas em áudio e vídeo por técnicos Krahô qualificados, com o acompanhamento de pesquisadores (indígenas e não indígenas) e da comunidade. O material coletado será armazenado digitalmente, transliterado e traduzido, para servir como base para pesquisas do Núcleo Takinahaky da UFG e para atividades educativas das associações Krahô.

 

Além das apresentações, o festival promoverá uma oficina multicultural de comunicação digital para jovens indígenas. Ministrada por voluntários da Associação Ninho Cultural, a oficina ensinará sobre a produção de conteúdo para redes sociais, com o uso de celulares e computadores para divulgar o festival e a cultura Krahô.

 

A comunidade inteira será mobilizada com pinturas corporais, corridas tradicionais (flexas e toras), troca de presentes e participação nas apresentações e oficinas. Haverá também rodas de conversa para aprofundar os temas do projeto.

 

O Festival Todas as Músicas Krahô é, portanto, uma iniciativa essencial para a preservação da memória cultural, o estímulo às novas gerações e a difusão do rico patrimônio imaterial do povo Krahô, conectando tradição e inovação.

 

O evento é uma realização do Governo Federal, através do Ministério dos Povos Indígenas, com apoio da Associação Ninho Cultural, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Goiás (UFG), Revista PIHHY, Centro de Trabalho Indigenista (CTI), Universidade Federal do Tocantins (UFT), e Governo do Tocantins través das secretarias da Cultura (Secult) e dos Povos Originários e Tradicionais (Sepot).

 

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