Apesar de ter perdido força, passando de 40% para 28,4%, a falta ou o alto custo de trabalhadores qualificados foi a maior preocupação dos industriais tocantinenses no terceiro trimestre, revela a Sondagem Industrial divulgada pela Federação das Indústrias (Fieto) nesta sexta-feira, 24. Os empresários apontaram esse como um dos principais problemas enfrentados pelas empresas.
O estudo revela ainda que em setembro a produção industrial do Tocantins recuou, assim como a geração de empregos, o que provocou redução de 64% na utilização da capacidade instalada e ajustes nos níveis de estoques.
No que se refere à demanda interna e externa e compra de matéria-prima, as expectativas são boas, disseram os empresários do setor entrevistados. A geração de empregos deve se manter estável nos próximos seis meses, assim como a intenção de investimento, aponta a pesquisa.
Outro levantamento também divulgado nesta sexta-feira pela Fieto, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), mostra que o indicador passou de 45,8 pontos em setembro para 43,4 em outubro, o que sinaliza falta de confiança. Na pesquisa nacional o índice alcançou 47,2 pontos, evidenciando que o baixo nível de confiança é uma tendência que atinge o setor industrial em todo o país.
O recuo de 3,4 pontos do indicador de Condições Atuais no período é apontado como a principal causa para a queda do Icei e piora na percepção dos empresários no que tange à situação da economia e seus negócios em comparação com os últimos seis meses.
O outro indicador, de Expectativas, passou de 48,9 pontos em setembro para 48,4 em outubro, mostrando que apesar da estabilidade há pessimismo em relação à economia, embora haja um otimismo moderado quanto aos negócios.
“Apesar do cenário de falta de confiança, os empresários demonstram expectativas otimistas quanto aos negócios e na capacidade do setor de se adaptar, contribuindo para o desenvolvimento do estado”, destaca a técnica em pesquisa da Fieto, Gleicilene Bezerra da Cruz.
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