Após reunião entre representantes do governo do Estado e do Sindicato dos Profissionais da Enfermagem, no final da tarde desta segunda-feira, 29, o secretário da Administração Geferson Barros foi coagido por parte dos manifestantes que estavam acampados na entrada da Secad. O gestor chegou a registrar Boletim de Ocorrência junto à Delegacia de Polícia Civil e pediu apoio à Polícia Militar para sua segurança e do prédio da Secretaria, onde os grevistas estão acampados desde o dia 12 de fevereiro.
O presidente do Sindicato, Claudean Pereira conversou com o Portal T1 Notícias na manhã desta terça-feira, 1º, e explicou que o ato aconteceu enquanto os representantes do Seet repassavam as informações da reunião para os manifestantes que estavam aguardando na entrada da Secretaria e uma enfermeira, que passa por problemas financeiros, se exaltou e foi em direção a Geferson Barros.
“O Sindicato repudia esse tipo de ato, nós acreditamos que não é dessa forma que nós vamos conseguir os nossos direitos. Mas eu entendo que a atitude da enfermeira foi de desespero porque ela está passando por muitos problemas. Imagina que o governo se comprometeu em pagar nossos direitos e nos deu garantias de que poderíamos buscar junto aos bancos a antecipação desses valores, agora sem o pagamento, as parcelas estão sendo descontadas das contas dos enfermeiros, e essa colega em especial, está recebendo hoje cerca de R$ 200,00 por mês para sustentar sua casa e seus filhos”, explicou Claudean Pereira.
No Boletim de Ocorrência, Geferson Barros disse que por volta das 21h, cerca de 60 manifestantes cercaram o carro dele e ele “percebeu que durante o tumulto o veículo foi chutado por várias pessoas”. O gestor informou ainda que foi alvo de diversos xingamentos e os manifestantes estavam bastante exaltados.
Ainda de acordo com as informações do B.O., o secretário da Administração e seu motorista só tiveram condições de deixar o local após membros da diretoria do Sindicato intervirem junto aos manifestantes.
Seet mantém greve
A greve dos profissionais da enfermagem começou em 2 de janeiro e de acordo com Claudean Pereira, o movimento deve continuar até que o governo do Estado apresente uma proposta que atenda às reivindicações da categoria. “Nessa reunião que tivemos ontem o governo não apresentou nada novo, só disse que não terá como pagar nossos direitos neste primeiro quadrimestre”, explicou o presidente do Seet.
Uma nova assembleia da categoria está marcada para a próxima sexta-feira, 4, ocasião em que o movimento paredista deve buscar reforço dos profissionais para intensificar a greve e deliberar sobre as próximas manifestações.
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