Gleidy atribui à Umanizzare entrega de cargo; Estado justifica pagamento para empresa

Na carta, Gleidy agradece o governador pela oportunidade de ter ficado frente à SECIJU, fala de suas conquistas e pontua alguns motivos que a levaram deixar o cargo

Gleidy Braga e Marcelo Miranda
Descrição: Gleidy Braga e Marcelo Miranda Crédito: Da Web

Em carta enviada pela ex-secretária de Cidadania e Justiça (SECIJU) ao governador Marcelo Miranda na noite da última segunda-feira, 30, Gleidy Braga, ao agradecer pelas oportunidades à frente da pasta, relata os motivos que a teria levado a deixar o cargo. Um deles seria a negativa do Governo em bloquear R$4 milhões que seriam pagos à empresa Umanizzare por não entregar os presídios em bom estado, conforme alega Gleidy.
 

Em relação a pagamentos relativos ao contrato firmado com a empresa Umanizzare, o Governo do Estado informou que toda e qualquer prestação de serviço é paga mediante a um rito contratual firmado e publicado no Diário Oficial do Estado, em nota encaminhada ao Portal T1 Notícias nesta terça, 31.

 

Problemas relatados

 

Entre os motivos que Gleidy ponderou para sua saída da pasta, está o seu descontentamento com a transição da administração e segurança de unidades prisionais Barra da Grota e Casa e a Casa de Prisão Provisória de Palmas (CCP).  Hoje sob gestão da empresa Umanizzare que passará a ser administrada pela SECIJU a partir de dezembro.

 

Braga cita problemas estruturais nos presídios que não foram sanados pela administração da Umanizzare e, portanto, pediu o bloqueio de R$ 4 milhões no pagamento à empresa, que segunda a ex-secretária, não será acatado pelo Governo do Estado.  Fala, também, do pedido do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário  e do secretário da Casa Civil, Télio Leão Ayres, em contratar temporários, em vez de nomear servidores concursados.

 

Os serviços da empresa Umanizzare foram firmados ainda no Governo Siqueira Campos, em 2012, e terminam no dia 31 de novembro.

 

Conquistas no Governo

 

Gleidy Braga diz na carta que ao compor o governo Marcelo, por três anos, permitiu-lhe ser eleita vice-presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Estado da Justiça, Cidadania, Direitos Humanos e Administração Penitenciária.

 

Ao falar das conquistas da SECIJU em conjunto com o Governo do Estado, comunica que evitou massacres em presídios do Tocantins, que ocorreram em todo o Brasil no início de 2017, em particular nos Estados do Amazonas e Roraima.  Fala também da retomada do concurso da Defesa Civil que estava paralisado, pelas buscas de recursos em Brasília, a conquista de equipamentos de inspeção eletrônica, aquisição de armamento, munições e veículos, além de R$ 45 milhões para o fundo penitenciário.

 

“Enfrentei, já no segundo mês de sua gestão, uma greve de mais de 45 dias da Polícia Civil com implicações na gestão do Sistema Penitenciário. Apesar das dificuldades, estabelecemos o diálogo como instrumento de mediação com os grevistas e não tivemos, naquela ocasião, nenhuma ocorrência significativa nas unidades prisionais” explana a ex-secretária em um trecho da carta.

 

Comentários (0)