O governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) comunicou na tarde desta segunda-feira, 10, que as cirurgias cardíacas eletivas (que não são de urgência) foram retomadas. Na manhã desta segunda já foi realizado o segundo procedimento do tipo: uma troca de válvula aórtica (responsável pela passagem do sangue do ventrículo esquerdo para a aorta), popularmente conhecida como troca de válvula Safena, em um paciente de 52 anos.
“Para este tipo de cirurgia o paciente precisa estar com os exames em dia e ter indicação cirúrgica. Este procedimento tem a função de salvaguardar o coração por uma possibilidade de infarto ou para recuperar, quando possível, áreas com baixo fluxo sanguíneo ou até infartadas”, explicou o médico Juan Fernando Terrones Caceres, especializado em cirurgia cardíaca. “Geralmente é realizado em pacientes que possuem capacidade funcional, uma vida pela frente e estão com queixa de dor anginosa (dor no peito, por falta de irrigação do coração)”.
Os procedimentos foram reiniciados após esforços dos gestores da pasta e da unidade, além da coordenação do Centro Cirúrgico em adquirir materiais e insumos necessários para que as cirurgias cardíacas eletivas pudessem ser retomadas, beneficiando os usuários que aguardavam por este tipo de cirurgia. Na última quinta-feira, ocorreu a primeira cirurgia de retorno do serviço, em um paciente de 41 anos, Neivan Ferreira, educador físico e morador de Palmas, que reagiu muito bem ao procedimento de ponte de Safena.
Após a cirurgia cardíaca, o paciente é internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) onde recebe todos os cuidados especiais da equipe multiprofissional e em poucos dias é encaminhado para ala de internação.
O coordenador da Cardiologia Clínica da unidade, Eurípedes Barbosa comenta sobre o retorno das cirurgias cardíacas. “É uma noticia boa! Desde 2017 não eram realizadas estas cirurgias. Nosso intuito agora é atender um volume maior de pacientes por semana, diminuindo a fila de espera por cirurgias cardíacas e evitando encaminhamentos para outras unidades”, declarou.
De acordo com o diretor geral do HGP, Leonardo Toledo a retomada das cirurgias vem dar continuidade do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que estão na fila de espera. “Diminuindo a grande demanda de pacientes nesta especialidade, podemos ofertar uma melhor assistência ao paciente que necessita do HGP”, declarou.
Conforme o relatório estatístico do centro cirúrgico do HGP, em 2018 foram realizadas 20 cirurgias cardíacas, destas, 08 foram de urgência, 04 de emergência e 08 eletivas.
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