Governo destina 230 vagas para educadores indígenas em concurso da Seduc

Inscrições seguem abertas até dia 10 de abril. São oferecidas 143 vagas para Professor da Educação Básica, 25 vagas para Orientador Educacional e 62 vagas para Coordenador Pedagógico.

Crédito: Marcio Vieira/Governo do Tocantins

O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Administração (Secad) e da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), está com inscrições abertas, até o dia 10 de abril, do concurso para provimento de 230 vagas para Professor da Educação Básica.

 

Indígenas, com a devida formação, podem concorrer a 143 vagas ofertadas para o cargo de Professor da Educação Básica; 25 vagas para Orientador Educacional e 62 vagas para Coordenador Pedagógico. As provas estão agendadas para o dia 11 de junho de 2023. Os editais completos estão disponíveis no site da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

 

Inscrições e provas

 

Os candidatos às vagas para a educação indígena terão isenção na taxa de inscrição. O concurso será realizado em uma única etapa de execução com duas fases. Sendo a primeira, de exame de habilidades e conhecimentos aferidos por meio de aplicação de provas objetivas e discursivas, de caráter eliminatório e classificatório; e a segunda, de avaliação de títulos, de caráter unicamente classificatório.



As provas ocorrerão em sete municípios tocantinenses: Araguaína, Araguatins, Arraias, Gurupi, Miracema do Tocantins, Palmas e Paraíso do Tocantins.



O edital completo pode ser acessado pelo Diário Oficial do Estado do Tocantins e no site da Fundação Getúlio Vargas, no endereço eletrônico.

 

Educação e desenvolvimento

 

O Governo do Tocantins atende 130 escolas indígenas, sendo 95 escolas criadas e 35 extensões, somando 5.966 estudantes, distribuídos em seis Diretorias Regionais de Educação (Dres), nos municípios de Gurupi, Paraíso do Tocantins, Miracema, Pedro Afonso, Araguaína e Tocantinópolis. Estão inseridos nessa estrutura de atendimento educacional os povos tocantinenses Apinajé, Javaé, Karajá, Karajá-Xambioá, Krahõ, Krahô-Kanela e Xerente.

 

Para a secretária de Estado dos Povos Originários e Tradicionais do Tocantins, Narubia Werreria, a realização desse certame é uma iniciativa que precisa ser permanente e ampliada para a população indígena do Estado. “A educação escolar indígena é uma conquista histórica dos povos originários e é muito importante que essa educação conte com profissionais que entendam essa realidade cultural. Hoje, contamos com indígenas capacitados para atender as comunidades nas suas especificidades, pois a educação indígena prevê, dentre outros pontos, o ensino da língua materna e a inclusão das nossas festividades. E essa iniciativa é muito importante para fixar profissionais que fomentem essas especificidades”, esclarece Narubia.

 

O gerente da Educação Indígena, da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Waxiy Maluá Karajá, explica que, desde 2008, não é realizado um concurso que atenda a demanda de professores na educação indígena do Tocantins. “A efetivação desses professores garante a participação dos indígenas de forma efetiva no processo educacional dentro das aldeias, visto que a escola indígena é criada especificamente para atender as demandas de estudantes indígenas onde estarão aprendendo sobre sua própria cultura”, pontua Waxiy Maluá.

 

Atualmente, as escolas indígenas tocantinenses atendem do 1° ao 9° ano do ensino fundamental, ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA) contando com um efetivo de 453 professores indígenas e não indígenas.

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