Governo do Tocantins promove campanha de promoção à vida

O Setembro Amarelo é voltado para fomentar ações voltadas para a saúde mental da população, e trazer para o diálogo o tema da prevenção do suicídio

Crédito: Andre Araújo/Governo do Tocantins

Com o objetivo de adotar práticas eficazes de prevenção ao suicídio a Secretaria de Estado da Saúde (SES) por meio da Gerência da Rede de Atenção Psicossocial/Diretoria de Atenção Especializada/SPAS divulga a campanha Setembro Amarelo – Promoção da Vida, referente ao Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, lembrado em todo dia 10 de setembro. A área técnica promoverá ações de sensibilização e conscientização da população durante todo o mês.

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nove em cada dez mortes por suicídio podem ser evitadas, mas por se tratar de um assunto ainda bastante delicado e pouco comentado, muitas vezes pessoas que precisam de ajuda passam despercebidas. O objetivo da campanha este ano é transformar essa realidade, observando os aspectos psicológicos, econômicos sociais e políticos, que definem como o ser humano entende sua vida. Os debates levarão ainda em consideração o desafio que a pandemia coloca acerca do isolamento e distanciamento social.

 

O Tocantins dispõe de Centros de Apoios Psicossociais nos seguintes municípios: Araguatins, Augustinópolis, Buriti do Tocantins, Colinas do Tocantins, Dianópolis, Formoso do Araguaia, Gurupi, Miracema do Tocantins, Palmas, Paraíso do Tocantins, Pequizeiro, Porto Nacional, Sítio Novo, Taguatinga e Tocantinópolis,

 

“Esse é um momento muito importante na agenda da saúde, porque buscamos um cenário de saúde mental inclusivo a todos. É importante falarmos sobre a promoção da vida e da saúde mental durante esse mês e evitarmos a potencialização do efeito contrário que a campanha se propõe. Falar de suicídio é essencial, mas é necessário focar nas ações que o previnem do que propriamente o fato. Então buscar saber como melhorar as relações sociais, condições de trabalho, habilidades emocionais, escuta, acolhimento, construção de espaços coletivos de pertencimento social, entre outros é fundamental”, afirmou a psicóloga e diretora de Atenção Especializada da SES/TO, Dhieine Caminski.

 

Ainda segundo a diretora, “é preciso maior conscientização da população que suicídio não precisa mais ser um tabu e que a saúde é um dispositivo em que toda pessoa em sofrimento mental ou sociopolítico  pode procurar por escuta qualificada através dos pontos da Rede de Atenção Psicossocial, e contar com atendimento multiprofissional”, destacou.

 

A assistência redobrada para pessoas que já tentaram suicídio é uma das estratégias da campanha, “Pacientes que já tentaram suicídio alguma vez são cerca de seis vezes mais propensos a tentarem novamente, o que os enquadra em grupo de risco ainda maior. Nossa missão é informar a sociedade que suicídio é um problema de saúde pública que pode sim ser prevenido” pontua a psicóloga e gerente da Rede de Atenção Psicossocial da SES/TO, Maria de Fátima Vieira.

 

A especialista lembra ainda, que atualmente as condições sociopolíticas do sofrimento mental estão cada vez mais aparentes nos casos de tentativa de suicídio e isso é um alerta sobre como as medidas de prevenção necessitam de articulação intersetorial e que envolvam a todos.


Outro ponto que a campanha de 2020 visa é que nem toda pessoa que pensa ou tenta suicídio possui algum transtorno ou doença mental, e nem mesmo que toda pessoa acometida por algum tipo de transtorno ou distúrbio vá cometer suicídio. “Precisamos conhecer os fatores de risco e estarmos atentos a eles. Por isso a importância dessa campanha acontecendo junto aos municípios, para que possam ser desenvolvidas estratégias voltadas para a qualidade de vida e de prevenção do sofrimento mental e isolamento para estas pessoas, além de promover a educação permanente dos profissionais de saúde de toda a rede de atenção psicossocial, que trabalham direta ou indiretamente com a saúde mental”, enfatizou Maria de Fátima.

 

 

Ajuda

 

Vale ressaltar que o Estado do Tocantins possui uma ampla rede de Centros de Apoios Psicossociais e caso necessário, a pessoa pode buscar ajuda nas unidades básicas da Rede de Atenção Psicossocial em seu município de referência.

 

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